Clínica Geral

Veja como é feita a cirurgia de hiperidrose e tire suas dúvidas

Por Redação Doutíssima 14/09/2014

A hiperidrose é um problema do sistema nervoso que se caracteriza pelo suor excessivo. Normalmente, afeta uma parte em particular do corpo humano e atua de forma simétrica – ou seja, se você tem suor excessivo na axila direita, também terá na esquerda. Em alguns casos, a cirurgia de hiperidrose é o tratamento definitivo para o problema.

Como é feita a cirurgia de hiperidrose

Antigamente, esse não era o método mais usado pelos profissionais da saúde, já que apresentava vários riscos. Hoje, porém, a cirurgia de hiperidrose é feita através de vídeo e com um novo procedimento, que combina os benefícios da cirurgia tradicional com o da videocirurgia.

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Suor excessivo que atinge as axilas é apenas um dos sinais de hiperidrose. Foto: Shutterstock

Usando uma câmera de vídeo conectada por fibra ótica a um monitor e com instrumentos pequenos são feitas duas pequenas incisões na altura das axilas. Através delas, essa câmara ingressa no corpo e permite a visualização do tórax.

A partir daí, buscam-se os nervos que saem da coluna vertebral e levam os impulsos nervosos às glândulas sudoríparas. Localizados os nervos, eles são seccionados em locais específicos e isso tem a eficácia de terminar com o suor excessivo de forma permanente.

Através desse procedimento, o cirurgião pode realizar o método de forma simples, efetiva e segura e tudo isso em menos de uma hora. É minimamente invasiva e a recuperação do paciente é rápida. Todavia, é necessária anestesia geral.

Não há necessidade de internação e não existem contraindicações médicas para a retomada das atividades habituais. Isso ocorre assim que a dor tenha passado, o que acontece poucos dias após a operação, na maioria dos casos. Para as atividades físicas, porém, são necessários de 10 a 15 dias para retomá-las.

Riscos da cirurgia de hiperidrose

Como todos sabem, nenhum procedimento cirúrgico está imune a riscos e a cirurgia de hiperidrose não foge à regra. Porém, ele é um procedimento considerado simples e de muito sucesso na maior parte dos casos.

Dentre os riscos, ainda que mínimos, encontram-se dor no local das incisões, hemorragia, os riscos decorrentes da anestesia geral, pneumotórax (que é a presença de ar na cavidade pleural), dentre outros.

Resultados da cirurgia

Normalmente os pacientes acordam e o suor excessivo já terminou. Conforme pesquisas, é o que acontece em 95% dos casos em que é realizada a cirurgia de hiperidrose.

É possível, porém, que ocorra o chamado “suor compensador”, isso é, passa a haver mais transpiração em outras partes do corpo depois de eliminado o suor excessivo na parte que motivou a realização da cirurgia. Não existe, porém, uma explicação técnica do porquê isso ocorre.

Saiba mais sobre a hiperidrose

De forma geral, o suor excessivo aparece nas palmas das mãos, nas axilas, nos pés ou no rosto – esse último é o local com maior número de glândulas sudoríparas do corpo humano. A condição afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, aproximadamente 3% da população mundial, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Estudos indicam que a hiperidrose começa na infância ou na adolescência e que tem episódios ao menos uma vez por semana. É um problema que afeta principalmente a vida social das pessoas, já que pessoas que suam excessivamente não são bem vistas e podem ter o aspecto desleixado. Existem diversos tipos de tratamento para essa condição, mas atualmente um dos mais procurados é mesmo a cirurgia de hiperidrose.

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