Clínica Geral

Fique atento: faringite pode indicar inflamação não só na garganta

Por Redação Doutíssima 24/10/2014

A faringite é caracterizada por uma inflamação da mucosa da faringe, provocada em geral pelo desenvolvimento de processos infecciosos virais ou bacterianos, sendo a causa mais frequente de dores de garganta. A doença pode se dividir em aguda ou crônica.

faringite

Doença provoca incômodos e precisa de tratamento rápido. Foto: iStock, Getty Images

Principais casos de faringite

 

Em sua forma aguda, os sintomas da faringite se apresentam de forma súbita e, regra geral, tendem a sumir de forma espontânea ao fim de alguns dias. Além da dor de garganta, a pessoa também sofre com febre, dores de cabeça e suor excessivo.

 

É comum que a faringite aguda se manifeste por meio de uma sensação de comichão. Com o passar das horas, porém, ela se transforma em uma dor que, muitas vezes, se intensifica ao mover a cabeça e ao engolir, e pode também passar para a região do ouvido.

 

Como consequência, outras regiões podem ser igualmente infeccionadas. Os gânglios, que em condições normais têm poucos milímetros de diâmetro, podem sofrer com a inflamação e crescerem bastante na região do pescoço. A situação causa ainda mais dor ao se pressionar a região, rodar a cabeça e ao engolir.

 

A tendência é que a faringite aguda regrida até curar ao fim de alguns dias. No entanto, em casos raros é possível que a inflamação se espalhe pelo corpo e cause complicações.

 

Outras problemas menos comuns da faringite aguda são a bronquite e a inflamação do ouvido devido à infecção, respectivamente, pelas vias respiratórias inferiores até o ouvido médio através das trompas de Eustáquio.

 

Faringite crônica causa problemas sérios

 

Diferentemente da aguda, a faringite crônica tem como característica afetar pessoas que vivem em constante contato com substâncias irritantes – como o fumo e o álcool –, que sofrem de infecções crônicas e com as defesas imunológicas fragilizadas.

 

A manifestação mais característica desta doença é o eritema permanente da mucosa faríngea. Por vezes, esta vermelhidão é difusa; em outras ocasiões, pode-se observar cordões vermelhos sobrepostos, os quais atravessam verticalmente a parede da faringe ao fundo da boca.

 

A faringite crônica também pode causar atrofia da mucosa faríngea, em que o tecido não apresenta eritema, adquirindo uma tonalidade esbranquiçada e ficando mais fino e anormalmente seco.

 

Além disso, nestes casos, é frequente a formação de crostas que podem se soltar do tecido com maior ou menor facilidade e, às vezes, perturbam a respiração e a deglutição.

 

Outra ocorrência da faringite crônica é o desenvolvimento de processos infecciosos agudos repetidos: quando isso acontece, costumam aparecer os sintomas característicos de infecção aguda: febre, dor de garganta mais intensa e inflamação dos gânglios linfáticos.