Saúde

Hepatite B: saiba como lidar com esse tipo da doença

Por Redação Doutíssima 12/12/2014

As hepatites são diferenciadas pelas letras A, B, C, D e E. Entre esses grupos, a hepatite B se diferencia pelo vírus que transmite, o HBV. Ela é considerada uma doença infecciosa, e também é chamada de soro-homóloga. É altamente contagiosa por estar presente no esperma, no sangue e no leite materno.

 

Essa forma de hepatite atinge, principalmente, o fígado, que é atacado a partir das células que o compõe, conhecidas como hepatócitos, inflamando o órgão durante a multiplicação do vírus no organismo.

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Se não for tratada, doença pode evoluir para cirrose ou câncer. Foto: iStock, Getty Images

Hepatite B também é DST

 

A hepatite B, chamada de amarelão, está dentro da lista de doenças sexualmente transmissíveis. Seu contágio é feito através de relações sexuais sem proteção. Também pode ser transmitida nos períodos de gestação, amamentação ou no próprio parto, quando a mãe está infectada pelo vírus.

 

Outra forma de transmissão é o compartilhamento de seringas ou agulhas (geralmente feita por usuários de drogas).

 

Materiais de higiene pessoal, como escovas de dente, alicates de unha, lâminas para barbear, itens de depilação, perfuradores de orelha, agulhas para tatuagem ou outros objetos cortantes podem ser contaminados durante o uso e infectar outras pessoas. A transfusão de sangue por parte de pessoas com o vírus HBV também pode disseminar a doença.

 

Os sintomas da hepatite B costumam aparecer em forma de vômitos, enjoos, náuseas, tontura, cansaço, febre, dor no abdômen, pele amarelada, urina escura e fezes claras. No entanto, os sinais costumam demorar cerca de seis meses para surgirem. Aliás, na maioria dos casos, esse tipo de hepatite não apresenta sintomas.

 

A doença é conhecida pela falta de manifestações características, por isso é muito importante fazer o teste em caso de desconfiança.

 

Vacina evita a contaminação pelo HBV

 

Dividida em dois níveis, a hepatite B pode ser aguda, com pouca duração, ou crônica, quando permanece por mais de seis meses. Para descobrir se está com o vírus da hepatite, é feito um exame de sangue próprio.

 

Quando diagnosticado o vírus, o médico indica um tratamento específico para cada pessoa. No Brasil, dados apontam que 15% da população do país já apresentou a doença, sendo que 1% apresentava o modo crônico.

 

Existe uma vacina para a doença, que consiste em três doses e está disponível gratuitamente nos postos de saúde. Além disso, para prevenir seu contágio, o uso da camisinha em todas as relações sexuais é indispensável. Não compartilhar objetos pessoais e, no caso das gestantes, realizar os exames pré-natais é muito importante.

 

Hepatite B tem tratamento eficaz

 

Mesmo sendo uma doença considerada grave, o tratamento para a hepatite B é bastante eficiente. As mortes em decorrência do vírus HBV tem um índice bastante baixo, de cerca de 1% dos portadores.

 

A doença costuma desaparecer em cerca de seis meses com o tratamento adequado. Quando não apresentam melhoras, as pessoas com hepatite passam para o estágio crônico. O percentual de pacientes que evoluem para esse nível é de 5 a 10% dos doentes.

 

Quando feito corretamente, o tratamento pode inativar o vírus, o que bloqueia a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado. Por isso, é muito importante realizar os exames de rotina e, principalmente, o específico para hepatite a qualquer sinal da doença.

 

 

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