Caracterizada por tendões inflamados, dor localizada, diminuição da força muscular e da capacidade de realizar movimentos, a tendinite é bastante comum entre atletas e pessoas expostas a atividades rotineiras ou prolongadas, que exigem o uso de um membro até sua exaustão. Associada a outras síndromes, ela forma o conjunto das chamadas Lesões por Esforço Repetitivo (LER).
Quando ignorada, pode evoluir para tendinose, uma circunstância de desgaste severo, capaz de gerar inclusive ruptura do tendão. Enfrentada desde os sintomas iniciais, porém, pode ser tranquilamente neutralizada a partir de técnicas alternativas e procedimentos caseiros.
Soluções caseiras aceleram a cura de uma tendinite. Foto: iStock, Getty Images
Saiba mais sobre a tendinite
A tendinite se constituiu como doença moderna, derivada de uma sociedade onde atividades mecânicas integram o cotidiano da população. Em geral, representa uma incapacidade laborativa originada na própria execução do trabalho e ataca a estrutura fibrosa do tecido conjuntivo, que auxilia no equilíbrio e movimentação dos músculos e ossos.
Além do desgaste físico gerado pelas repetições consecutivas e pela liberação de glicogênio (resíduo da queima de glicose e hidrogênio que ocorre quando se realiza um movimento), contribuem para a instalação do quadro uma alimentação deficitária em nutrientes, falta de educação postural e fadiga muscular.
Métodos caseiros para tratar a tendinite
Nos casos menos complexos e detectados precocemente, a interrupção das atividades geradoras, acompanhada de procedimentos simples, que visam cicatrizar a região e eliminar a inflamação, costuma ser suficiente para reverter os sintomas.
Compressas
Tanto as compressas frias, com bolsas de gelo, quanto as mornas, com almofada ou argila, são recomendadas, podendo inclusive haver alternância entre ambas. São igualmente eficazes e aliviam o inchaço, a inflamação e a dor.
Alongamentos e atividades moderadas
Quando a crise de tendinite está instalada, é aconselhável repousar. Após mais ou menos duas semanas, contudo, indica-se a retomada de atividades, começando por alongamentos suaves, yoga e caminhadas moderadas.
Dieta balanceada
Para combater a tendinite, alguns nutrientes são imprescindíveis, a exemplo das vitaminas B1 e B6, e daqueles encontrados em alimentos alcalinos como alho, castanha de caju, abóbora, melão, brócolis, maçã, repolho, mamão, ameixa e chá verde.
É fundamental também o consumo de vitamina C e de bioflavonoides (vitamina P), presentes nos cítricos; de vitamina E, encontrado em vegetais de folhas verdes e sementes; e de magnésio, disponível tanto na natureza (cacau, verduras de folha verde, banana e sementes) quanto na forma de nitratos.
Anti-inflamatórios naturais
Para quem não se dá bem com alopatia, há boas opções de anti-inflamatórios naturais. A casca de salgueiro branco, por exemplo, é considerada uma Aspirina natural, pois contém as mesmas substâncias que a versão sintética. Também o gengibre, recomendado para todo tipo de situação inflamatória, e a curcumina, princípio ativo do açafrão, podem substituir os fármacos.
São comumente usadas ainda a garra-do-diabo, encontrada em forma de fitoterápico; a pimenta caiena, usada como emplastro; a arnica, tornada gel; a boswellia, originária da Índia e reconhecida pelas capacidades anti-inflamatórias; e a enzima chamada bromelina, disponível em diversas plantas, inclusive o abacaxi.
Homeopatia
Há também opções homeoáticas comprovodamente eficientes no trato da tendinite. As mais conhecidas são Calcarea fluorica, arnica e ruta, mas não devem ser ingeridas sem acompanhamento profissional.
Acupuntura
Um dos métodos mais eficazes, com efeitos imediatos de alívio e duradouros também na prevenção, o procedimento consiste na pressão de agulhas sobre pontos correspondentes aos órgãos afetados, bem como na própria região atingida. Requer pelo menos cinco sessões e não deve ser realizada sem a presença de um profissional qualificado.
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