Nos estágios iniciais, o pólipo nasal pode até passar despercebido. Contudo, com o tempo, quando aumenta de tamanho, ele pode ser alvo de infecções frequentes; conduzir à perda olfativa; dificultar a passagem de ar e, consequentemente levar a problemas respiratórios, entre outros danos.
Bolsa de tecido inflamado que se desenvolve na mucosa nasal (dentro do nariz) ou nos seios da face, o pólipo nasal não tem suas causas esclarecidas com precisão. Sugere-se, no entanto, que haja relação com uma junção de fatores genéticos e processos inflamatórios crônicos.
Pólipo nasal ligado ao histórico familiar
Também são considerados como fatores importantes no aparecimento do pólipo nasal: histórico familiar do distúrbio; rinite alérgica; asma; fibrose cística; sinusite crônica; alergia à aspirina e Síndrome de Churg-Strauss (vasculite sistêmica necrotizante que atinge pequenos e médios vasos).
Poucos sintomas evidenciam a presença do pólipo nasal, que em geral só são notados quando já têm tamanho considerável. Dentre os prováveis sinais do crescimento de tecido com inflamação constam: sensação de nariz entupido; respiração pela boca; coriza, e percepção olfativa reduzida (hiposmia) ou completamente perdida (anosmia).
Estes quadros que podem ser irreversíveis. Também podem ser percebidos entre os pacientes com suspeita deste tipo de tumor benigno: diminuição do paladar; dores de cabeça semelhante às experimentadas em crises de sinusite; coceira no olho, ronco e vulnerabilidade a resfriados, que passam a ser recorrentes.
Não existe grupo de risco específico em se tratando de pólipo nasal já que o problema pode ser detectado em indivíduos de qualquer sexo ou idade. Ainda assim, observa-se uma rápida prevalência em pessoas acima dos 40 anos. Entre adultos, a incidência destes pólipos é de 5%. Entre crianças, é de 0,1%.
Os medicamentos desenvolvidos até o momento são capazes de aliviar os desconfortos, porém dificilmente são capazes de eliminar o pólipo nasal.
A lista de remédios prescritos contém: sprays de esteroides nasais, que aliviam a sensação de obstrução e reduzem a coriza; corticoides (em pílulas ou soluções); e antibióticos, nos casos em que há infecção bacteriana nos seios da face.
Pólipo nasal pode ser removido com cirurgia
A cirurgia de remoção dos pólipos pode ser indicada em algumas situações. O procedimento se chama polipectomia, é habitualmente realizado por via endoscópica, tem duração média de não mais de uma hora e exige apenas anestesia local.
Durante o pós-operatório, é provável que o recém-operado tenha de voltar por alguns dias ao consultório para realizar limpezas nas cavidades nasais. A partir da operação, o paciente normalmente consegue voltar a respirar pelo nariz.
Ainda assim, mesmo que o recurso seja realizado com eficácia, é comum perceber a volta do pólipo nasal em muitos pacientes. Portanto, o otorrinolaringologista é quem deve avaliar a utilidade de se recorrer a este tipo de intervenção.
É difícil prevenir a ocorrência, mas a limpeza adequada do ambiente por onde circula a pessoa com desconfiança de pólipo – eliminando poeiras, odores intensos e poluição, além de outros possíveis agentes agressivos – pode ajudar.
Igualmente pode ser aconselhado pelo médico a adoção de imunoterapia hipossensibilizante e o emprego regular de cromoglicato de sódio (este exclusivamente para os indivíduos acometidos por asma).
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