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HPV no homem existe? Saiba mais sobre a doença

Por Redação Doutíssima 15/01/2015

Ao contrário do que muitos pensam, o HPV (Papilomavírus Humanos) é uma doença sexualmente transmissível (DST) que não acomete apenas as mulheres. O HPV no homem pode também pode causar sérios problemas de saúde. O HPV caracteriza-se por um grupo de vírus que infectam a pele.

 

hpv no homem

Uso de preservativo nas relações sexuais é uma das medidas de prevenção. Foto: iStock, Getty Images

Existem mais de 100 variações diferentes da doença, que podem originar verrugas genitais ou até alterações celulares anormais no colo do útero (mulheres), no ânus (ambos os sexos) ou na garganta (ambos os sexos). O problema dessas alterações celulares anormais é que podem evoluir para o desenvolvimento de um câncer.

Transmissão do HPV no homem

 

Por ser uma DST, HPV no homem pode ser transmitido em sexo vaginal, oral ou anal. Especialmente as verrugas na região genital de uma pessoa infectada são altamente contagiosas.

Diagnóstico

 

O HPV no homem age de forma silenciosa. Pela sua característica de não apresentar sintomas evidentes e não existir um exame no sexo masculino para identificá-lo, se reduz à presença de verrugas na região genital.

Nos homens, essas verrugas aparecem no: prepúcio, corpo do pênis, glande, escroto e uretra. Contudo, mesmo sem sinais visíveis, o paciente pode estar portando o HPV.

Tratamento

 

É importante salientar que, se o paciente for numa farmácia qualquer e adquirir uma pomada inadequada para tratar da verruga na região genital, o HPV pode desenvolver resistência. Tal condição pode complicar um tratamento futuro HPV no homem. A rede de saúde pública oferece tratamento gratuito para a doença.

Prevenção do HPV no homem

 

Como qualquer outra doença sexualmente transmissível, o principal método de prevenção é a utilização da camisinha durante o ato sexual. Entretanto, mesmo com o uso do preservativo, o risco de transmissão da doença não é eliminado por completo.

Basta o contato com a verruga, na área genital da pessoa infectada, para que haja a probabilidade de transmissão. Por isso, é recomendado que o tratamento da doença seja realizado à risca, para que reduza seu potencial de transmissão.

 

Mais sobre o HPV

 

O HPV é uma DST que atinge todas as classes sociais e sua incidência é semelhante em diferentes partes do mundo. A diferença é que em países da América Latina, da África e em boa parte da Ásia, as complicações mais graves decorrentes da doença (câncer e mortes), são mais comuns.

Isso deve à diferença entre os recursos de tratamento do HPV em países mais desenvolvidos em relação aos menos desenvolvidos. O Brasil tem uma taxa de incidência de HPV é de 20 novos casos para cada 100 mil habitantes, média registrada por ano.

A boa notícia é que o Brasil tem uma média inferior em comparação com outros países da América Latina, que possuem uma taxa de 55 por 100 mil. Na África, esse índice é de 60 por 100 mil por anos. Enquanto isso, em países desenvolvidos, essa marca varia de 5 a 12 casos por 100 mil.

Por fim, é interessante ressaltar que no caso de uma relação estável (casamento, por exemplo), se um dos parceiros apresentar o HPV, não significa que ele tenha adquirido o vírus em uma relação extraconjugal.

Por conta dessa ação discreta da doença, não é possível saber precisar quando ocorreu a contaminação e quem a transmitiu. Em suma, HPV não pode ser utilizado como atestado de traição.