O transplante de coração é realizado em pessoas que tenham doenças cardíacas graves em estágio avançado, que não foram solucionadas com o consumo de medicamentos e outras cirurgias mais simples. Pode ser realizada em pessoas de todas as idades, desde recém nascidos até idosos, dependendo da condição de cada paciente.
Dois tipos de transplante de coração
Há dois procedimentos cirúrgicos: o clássico e o bicaval. O que difere as duas operações é a quantidade de tecido velho que permanece no corpo do transplantado. A bicaval é o método que utiliza menor quantidade do antigo órgão, enquanto o clássico é quando se deixa parte do coração e coloca-se o novo por cima.
Em ambas as operações o paciente deverá estar sedado e respirando com o auxílio de aparelhos. O procedimento cirúrgico demora horas, e isto é normal, por isso os acompanhantes do operado não devem se desesperar com a demora de notícias médicas.
Após o transplante de coração, a pessoa ficará internada no hospital por, pelo menos, um mês. Isso acontece para que a pessoas possa se recuperar devidamente, e também para não ocorram infecções por bactérias.
Contraindicações para transplantes de coração
O transplante de coração é a última medida que é tomada como solução de doenças cardíacas. Para sua realização, vários fatores são analisados pelos médicos para garantir que o paciente passe bem pelo procedimento.
Entre as contraindicações estão a presença de doenças vasculares sérias; insuficiência hepática; doenças pulmonares; diabetes; obesidade mórbida; úlcera; câncer; insuficiência renal; e doenças sexualmente transmissíveis.
Antes da operação os médicos avaliarão também a condição de órgãos fundamentais do pacientes, como o cérebro, o fígado, os pulmões e os rins. Além disso, é necessário avaliar a compatibilidade entre o paciente e o doador.
Riscos do transplante de coração
Embora a cirurgia de transplante de coração tenha evoluído muito, ainda há riscos no procedimento. O principal deles é a rejeição do organismo, o que pode ser percebido imediatamente ou com algum espaço de tempo. Os sintomas que caracterizam a rejeição são febre alta, debilidade, batimentos cardíacos acelerados e outras anomalias.
O mau funcionamento do coração pode acarretar em complicações como o acúmulo de água nos pulmões, baixa tensão arterial e edemas. A rejeição do órgão pode ser percebida por meio dos sintomas, ou através de um eletrocardiograma (ECG).
Infecções hospitalares e de outros gêneros também são comuns em pacientes transplantados, sendo uma das principais causas de óbitos. O entupimento de artérias, a arteriosclerose, é outra complicação futura, assim como o surgimento de cânceres.
Apesar dos riscos, o transplante de coração proporciona para cerca de 80% dos transplantados mais dez anos de vida. Depois da cirurgia muitos levam uma vida normal, e podem até praticar exercícios físicos com regularidade, mas sempre com o acompanhamento médico.
Na quase totalidade dos casos, os pacientes são obrigados a ingerir remédios diariamente até o fim da vida. Estes medicamentos poderão desencadear no desenvolvimento de efeitos colaterais, como hipertensão, diabetes, e insuficiência dos rins e do fígado. Por conta disso, a dose diária poderá ser alterada com frequência.
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