Remédios Caseiros

Açoita-cavalo: aprenda a fazer remédios caseiros

Por Redação Doutíssima 19/01/2015

A açoita-cavalo é uma árvore de grande porte, podendo chegar a 20 metros de altura. Também é conhecida como envireira-do-campo, caa-abeti, ivantiji, ivitinga, mutamba-preta, ubatinga, uvatinga, ivatinga, cacauei, vacona-do-campo, papeá-guaçu.

A casca externa do tronco possui coloração parda-acinzentada-escura. As folhas são simples, e caem nas estações mais frias do ano. As flores são vistosas, rosadas, roxas ou brancas. Seus frutos são em cápsulas que contêm de 5 a 15 sementes.

Açoita-cavalo

Tanino, presente na casca, é o grande princípio ativo da árvore que pode chegar a 20 metros de altura. Foto: iStock, Getty Images

Açoita-cavalo tem propriedades fitoterápicas

Recebeu este nome por que sempre foi utilizada para a tortura de animais, que eram presos no tronco da árvore e castigados à sombra da sua copa. Também é chamada assim por que sua madeira era utilizada no artesanato de chicotes e açoites. Atualmente, é bastante conhecida pelas propriedades fitoterápicas da sua casca.

A açoita-cavalo é nativa do sul, sudeste e norte brasileiro. Desenvolve-se com mais facilidade na mata Atlântica. Pode ser encontrada em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro ficando próximas às florestas e também no cerrado.

A floração da árvore acontece em dezembro e o fruto fecundado se desenvolve a partir de abril. As flores também são utilizadas para ornamentações.

Benefícios da casca de açoita-cavalo

A infusão da casca da açoita-cavalo é utilizada na medicina natural como antidiarreico, anti-inflamatório, antimicrobial, antipirético e adstringente.

Graças à quantidade de tanino presente na casca, assim como óleo, resina e mucilagem, a infusão pode ser ministradas no tratamento de bronquites, diarreias, reumatismo, hemorragias, vermes, leucorreia, úlceras, tumores, má digestão, dores de garganta, dor de dente, patologias da bexiga, insônia, melena, tosses e laringites.

Até hoje não foram registradas contra-indicações ou efeitos colaterais da planta, entretanto, seu uso deve ser moderado e sob orientação. As folhas e flores são usadas em xarope para o tratamento de laringites, bronquites, diarreia, fluxo vaginal, é antiinflamatório e possui efeitos hemostaticos e antireumaticos.

O xarope é feito juntando um punhado de folhas e flores com uma folha de gervão, uma de agrião e casca de angico. Adoce com mel de abelha. Leve ao fogo até formar xarope. Tome uma colher de sopa de três a quatro vezes ao dia.

Para triglicerídios e colesterol, junte 15 a 20 gramas de casca de açoita-cavalo com um litro de água. Leve ao fogo e deixe ferver por dez minutos. Deixe esfriar, coe e tome de 4 à 5 xícaras ao dia.

Curiosidades:

Os índios de várias etnias do estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina usam as folhas e a casca do caule da açoita-cavalo para descolorir o cabelo, no tratamento de bronquite, no combate aos vermes e na cura do câncer, gastrite e má digestão.

Os galhos flexíveis são usados por camponeses para a confecção de chicotes e armações de cangalha. A madeira também é usada para a confecção de cabos de chicotes.

A madeira, branco-amarelada, é bastante usada na confecção de estrutura de móveis, hélices de avião, caixas, embalagens, artefatos de madeira, saltos para calçados, peças torneadas e compensadas e confecção de contraplacados.

Na construção civil, é usada para tacos, ripas, molduras, cordões, guarnições, rodapés, caibros, esquadrias, forros, tabuados e vigamentos; formas de calçados, cabos de vassoura e instrumentos musicais; selas, cangalhas e escovas.

 

 

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