Sexualidade

Japão: falta de interesse pelo sexo ameaça a população

Por Redação Doutíssima 13/02/2015

Se alguém lhe dissesse que existe um país no mundo que não é muito chegado em sexo, você acreditaria? Esse país é o Japão. A prova disso é que está faltando bebês na “Terra do Sol Nascente”.

 

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Falta de interesse sexual pode explicar queda na taxa de natalidade japonesa. Foto: iStock, Getty Images

 

Isso não quer dizer que uma população não é muito interessada nos prazeres da carne, mas que ela é prevenida e controla sua taxa de natalidade.

 

Uma pesquisa, no entanto, mostrou que os japoneses estão casando cada vez menos. Como lá filhos fora do casamento representam apenas 2% das crianças nascidas, a conclusão do estudo é que os lençóis dos casais andam pra lá de frio.  

 

A pesquisa feita pela rede de televisão BBC mostrou que é normal no Japão fazer sexo apenas uma vez por semana. Resposta dada, inclusive, por pessoas casadas. Pode parecer estranho, mas é isso mesmo.

 

Namoro no Japão também interfere no sexo

 

Uma modalidade de namoro chamada de Otaku também é apontada pelo estudo como sendo umas das interferências para a procriação no Japão.

 

No Otaku, a maioria dos adeptos são homens. Viciados em quadrinhos, eles preferem um relacionamento de mentirinha a manter uma relação com uma mulher de carne e osso.

 

É comum encontrar homens de quase 40 anos mantendo relacionamento com avatar, sem manter qualquer tipo de relação sexual com uma mulher de carne e osso.

 

Aliás, beijar ou transar com uma mulher é considerado traição, pois esses homens têm certeza que estão num relacionamento verdadeiro. A coisa é tão séria, que a indústria feita para os Otaku no Japão chega a movimentar R$ 24 bilhões por ano.

 

Os pesquisadores acreditam que essa foi uma saída que os japoneses encontraram para fugir de relacionamentos com regras e cobranças.

 

Natalidade no Japão é uma das menores do mundo

 

Na capital do país, Tóquio, nascem cerca de 250 mil novos bebês por ano. Pode parecer muito, mas é pouco para uma população de 13,35 milhões de habitantes.

 

No restante do país, não é diferente. As maternidades estão cada vez mais vazias e muitas já estão encerrando atividades.

 

A grande questão envolvendo a baixa natalidade japonesa é que o país também tem a maior população de idosos do mundo. Um quarto dos habitantes tem mais de 65 anos e 50 mil pessoas estão com mais de cem anos.

 

O fenômeno é sentido nas farmácias, pois as fraldas geriátricas vendem mais do que as de bebê. Sem crianças, não haverá mão de obra suficiente no futuro. Ou seja, menos gente pagando imposto, algo vital para o desenvolvimento de um país.

 

Se essa situação não mudar, o Japão vai perder, em meio século, quase 40 milhões de habitantes.  Cidades mais retiradas, no interior do país, já são consideradas fantasmas. A Vila de Nagoro, nos vales de Shikohu, é um exemplo disso.

 

Com apenas 35 habitantes, o local beira à extinção. Para forjar uma realidade, a moradora Ayano Tsukimi espalha bonecos pela vila. Ela afirma que assim o local ainda parece ter vida.

 

 

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