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Pirraça: como lidar com crianças que provocam o tempo todo

Por Redação Doutíssima 05/03/2015

Quem é pai e mãe sabe que é preciso ter muita paciência e controle emocional, quando o seu filho começa a fazer pirraça. Mas ter um comportamente sereno nessas horas não é nada simples para os pais. Saiba por que seu filho insiste em bater pé e tirar todos do sério. Entender o processo é o primeiro passo para lidar bem com ele.

 

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Agir com firmeza é importante ao lidar com momentos de birra dos filhos pequenos. Foto: iStock, Getty Images

 

Por que seu filho faz pirraça?

 

Essa atitude é muito mais comum do que muitos pais pensam e, diferentemente do que muitos imaginam, nem sempre está associado à falta de disciplina e educação. A pirraça é a reação natural que a criança, principalmente entre um ano e dois anos têm para manifestar suas frustrações.

 

Nessa fase, eles estão tomando consciência de seu mundo e, tentando de todas as formas, ter autonomia sobre ele. Descobrem que tem vontade própria e querem que essas sejam satisfeitas.

 

Quando isso não acontece, não tem jeito: os pais acabam abrindo uma disputa, na maioria das vezes sem sentido, com o próprio filho ou usando da violência física e psicológica para conter essa reação, sem perceber que a pirraça acontece em momentos muitos semelhantes.

 

Em geral, o berreiro começa na hora de se vestir, comer, de permanecer em um local que eles não querem ou por serem impedidos por adultos de brincar da forma como desejam, o que pode muitas vezes ser inadequada.

 

Esse momento na vida da criança costuma deixar os pais enlouquecidos, porque ocorre ao mesmo tempo em que a curiosidade infantil começa a aflorar.

 

O que fazer para evitar a pirraça

 

Evitar a pirraça é algo bastante difícil, já que, nas primeiras vezes, ela ocorre espontaneamente e é a única maneira que a criança conhece de expressar o que quer ou não. O importante é evitar que essa manifestação se torne incontrolada, violenta, frequente e até dure mais do que o comum.

 

A regra de ouro é nunca reagir com violência física. Bater, puxar cabelo, beliscar, sacudir a criança com força ou até mesmo gritar. Isso a condiciona a entender que, sempre que alguém quer muito algo e não pode ter, a violência é o caminho para não ceder ao desejo.

 

Seja firme, porém não violento. Explique que não é dessa forma que ela vai conseguir usar a roupinha que quer ou comer o que deseja ou o quanto é perigoso o que ela pretende.

 

Se acontecer em um lugar público, não deixe seu filho fazer espetáculo. Retire-o do lugar o mais rápido possível e converse com ele até ele se acalmar. E faça imediatamente. Não espere ter condições de repreender seu filho, já que ele, por ser pequenininho, se passar algum tempo, nem vai lembrar o que o levou a ser repreendido.

 

Se a pirraça for em casa, ignore. Com o tempo, ele cansa e entende que não é fazendo um berreiro que vai conseguir tudo o que deseja.

 

Estabeleça acordos com seu filho e ceda a algumas vontades quando essas não vierem acompanhadas de birras e teimosia. Com exemplos, os pequenos irão aprender a dinâmica do mundo sem enlouquecer os pais.

 

 

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