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Entenda como ser bilíngue é benéfico ao cérebro

Por Redação Doutíssima 07/03/2015

Bilíngue, trilíngue ou poliglota. Não importa, o que vale é aprender um idioma novo para deixar seu cérebro mais inteligente. Isso mesmo que você leu, mais inteligente.

 

Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, conseguiram relacionar a capacidade da nossa massa cinzenta ficar mais sábia depois que a pessoa aprendeu uma nova língua e com ela obteve fluência verbal e oral.

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Estudo afirma que aprender idiomas ajuda a prevenir o envelhecimento cerebral. Foto: iStock, Getty Images

A melhora significativa do cérebro se deu em pessoas que aprenderam outros idiomas na infância e também na vida adulta.

 

Ser bilíngue previne o envelhecimento do cérebro

 

Uma das perguntas dos pesquisadores, ao iniciarem o estudo, é se a pessoa era mais inteligente e por isso virou bilíngue ou se ao aprender um novo idioma ela ficou mais esperta.

A resposta foi a primeira suspeita. O cérebro se tornou mais ativo e cognitivamente capaz depois da nova língua.

 

O estudo foi conduzido pelo professor Thomas Bak, do Center for Cognitive Ageing and Cognitive Epidemiology e divido em duas etapas. Primeiramente, o grupo de 262 pessoas passou por um teste quando tinham 11 anos e um segundo teste foi aplicado quando tinham mais de 70 anos.

Todos afirmaram ser perfeitamente capazes de se comunicarem num segundo idioma e se tornaram bilíngue na infância ou na vida adulta.

 

A pesquisa, publicada na revista científica Annals of Neurology, chegou à conclusão que o grupo estava com as habilidades cognitivas melhores do que as levantadas na infância.

 

Segundo Bak, os voluntários também tiveram melhora no foco, atenção e fluência, coisas que não podiam ser explicadas pelos testes feitos na infância. E as áreas mais afetadas no cérebro durante o aprendizado de um novo idioma eram a da leitura e da inteligência.

O estudioso afirmou categoricamente que ser bilíngue, independentemente de que momento da vida a segunda língua for aprendida, pode ser benéfico para o cérebro que está em constante envelhecimento.

 

Ser bilíngue pode atrasar a demência

 

Outro estudo conduzido por pesquisadores da York University, nos Estados Unidos, comprovou que pessoas que falam mais de duas línguas têm melhor saúde mental. O que na prática significa menos chances de desenvolver doença mental.

Os estudiosos também concluíram que falar duas línguas melhora a resiliência do cérebro dos adultos.

 

A pesquisa, publicada na Trends in Cognitive Sciences, mostrou que quando o cérebro precisa escolher qual idioma usar para que a pessoa se comunique, ele precisa de mais concentração e controle cognitivo.

Isso ajuda a nossa massa cinzenta a se reconfigurar e se fortalecer, que por consequência melhora a capacidade do órgão de se adaptar às mudanças e contribui para que a informação seja processada de maneira mais eficaz.

 

Os investigadores americanos sugerem que, a partir desta movimentação toda no cérebro de um bilíngue, os neurônios estariam mais protegidos, por isso, os sintomas de demência poderia ser retardados ou ainda eliminados.

Eles concluíram o estudo afirmando que o bilinguismo reorganiza as redes cerebrais a partir do momento em que esforços para o aprendizado de um novo idioma é iniciado.

 

Depois dessa leitura toda, está na hora de pensar em aprender uma nova língua, não é mesmo?

 

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