Gestante

Conheça os motivos de algumas mulheres decidirem comer placenta após o parto

Por Redação Doutíssima 09/03/2015

Comer placenta tem se tornado uma prática comum e polêmica nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, mesmo não sendo disseminada, tem ganhado força.

 

Não há uma origem antropológica que indique qual povo foi o primeiro a comer a placenta assim que a mulher deu à luz, mas a prática é vista hoje em dia como uma forma de a mãe se recuperar mais rápido do parto, já que o órgão, que surge apenas na gestação, seria extremamente nutritivo.

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Algumas pessoas creem que ingerir a placenta ajuda a evitar a depressão pós-parto. Foto: Shutterstock.

 

Há quem diga que comer placenta é algo do instinto dos mamíferos. O fato é que a prática é controversa e não tem embasamento científico.

 

Benefícios de comer placenta

 

Comer placenta pode ser uma prática estranha e até repulsiva para muita gente, mas algumas mulheres estão convencidas que é algo muito bom tanto para a saúde delas quanto do bebê.

 

Entre os benefícios da placentofagia, ato de comer  a placenta, estaria a volta do útero ao tamanho normal, o enriquecimento da produção de leite e até preveniria a depressão pós-parto.

 

Como a placenta libera hormônios, entre os principais, a progesterona, gonadotrofina coriônica (hCG), hormônio lactogênio placentário e estrogênio, as mulheres acreditam que ao comer a placenta também ingerem estes hormônios obtendo os mesmos benefícios.

 

Como comer placenta

 

A ingestão da placenta deve acontecer logo após o parto do bebê ou ainda nas primeiras horas. A maioria das mulheres não come todo órgão, mas apenas um pedaço, algo como um terço ou metade. Algumas até temperam a placenta com ervas ou shoyo, por exemplo.

 

Em julho de 2014, uma mulher deu à luz em um hospital de Natal, no Rio Grande do Norte, e causou estranheza na equipe médica ao pedir coentro para temperar e comer a placenta. A médica obstetra relatou na época que nunca havia presenciado tal cena.

 

Há casos de pessoas que chegam a preparar a placenta em pratos mais sofisticados. O órgão, que durante nove meses foi a principal fonte de vida do bebê, pode ser preparado em sashimis, como mistura de shake ou ainda como picadinho e tendo cogumelos como parceiro de prato.

 

Em algumas culturas orientais, a placenta não serve para comer, mas como fim estético. Ela usada no rosto e no corpo da mãe e ajuda a melhorar a circulação sanguínea e a pele da mulher.

 

Ciência não comprova os benefícios

 

A placenta é como se fosse um anexo embrionário, existente apenas no período gestacional da mulher. Ela é formada por tecidos dos óvulos e tem a responsabilidade de manter o bebê com vida dentro da barriga da mãe.

 

Funciona como se fosse uma bolsa envolta de sangue, de onde o feto pode se obter alimentos e respirar. Muitas mulheres acreditam que ao comer placenta, irão absorver todos os nutrientes contidos nela.

 

Entretanto, a ciência não confirma se isso é possível. Pesquisas indicam que esse órgão temporário é rico em ferro, vitaminas B6, vitamina E, ocitocina e hormônio liberador de corticotropina,  responsável por diminuir os níveis de estresse. Nenhum estudo conseguiu atribuir ao ato de comer placenta benefícios como as crenças que envolvem o ato.

 

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