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Convulsão febril: saiba como identificar e procurar ajuda

Por Redação Doutíssima 21/03/2015

Qual mãe não se arrepia dos pés à cabeça de medo de uma convulsão febril, quando vê seu filho arder em uma febre bruta e teimosa? Enquanto a temperatura não baixa, o desespero costuma ser grande. Os sintomas apresentados pela criança são mesmo perturbadores, mesmo a convulsão não sendo um quadro de grande gravidade, de forma geral.

 

Convulsão febril em crianças

A convulsão febril costuma durar poucos minutos. É considerada benigna pela Medicina e, segundo as Diretrizes Assistenciais de 2012 do Hospital Israelita Albert Einstein, atinge de 2% a 5% de crianças entre seis meses e seis anos de vida.

 

A condição é associada à elevação bruta da temperatura, em função de alguma infecção. É quando os comandos do cérebro responsáveis pelo controle da temperatura se “atrapalham” pela subida muito rápida da febre.

Nesses momentos de convulsão – e nos posteriores -, muitas dúvidas permeiam as mentes das mamães, especialmente se ainda são inexperientes.

convulsao febril

Pais precisam manter a calma se o filho tiver alguma crise convulsiva febril. Foto: iStock, Getty Images

Como saber se é convulsão febril

Para auxiliar na compreensão da convulsão febril, elaboramos algumas questões com respostas que vão ajudar você a entender melhor essa crise. Confira:

 

1. Como agir diante da convulsão febril?

As convulsões podem ser desde crises tônicas (com rigidez na musculatura) até clônicas (com abalos), ou ambas ao mesmo tempo. Também há perda ou rebaixamento de consciência e cianose, que é quando o bebê fica “roxinho”. Normalmente, dura menos de cinco minutos e é seguida de palidez, respiração superficial e sonolência.

 

2. O que fazer durante a convulsão febril?

Embora a cena seja mais desesperadora do que a convulsão em si, é muito importante que a mãe mantenha a calma. Deite a criança com a cabeça virada para o lado para que a secreção saia pela boca sem obstruir a respiração.

Tente contar o tempo da crise, pois essa vai ser uma importante informação para o médico, já que é um dos indicadores da gravidade do caso. Não coloque os dedos dentro da boca da criança para puxar a língua, pois isso pode resultar em sérias lesões.

Meça a temperatura do corpo no momento da crise, pois a convulsão febril deve ser diferenciada da convulsão sem febre. E não tente dar remédio para a criança. Em seguida, procure um médico.

 

3. Precisa de tomografia ou ressonância magnética?

Raramente. Pesquisas indicam, inclusive, que crianças submetidas a esses exames sem necessidade apresentaram mais chances de desenvolver tumores cerebrais e outros tipos de câncer, por causa da maior exposição aos raios-X.

 

Os testes realmente importantes são: o da febre, ainda em casa, e um bom exame clínico, a partir do qual o pediatra irá ver o local do foco da febre e direcionar o tratamento para a sua causa.

Pode ser feito também um eletroencefalograma (EEG) e exames de sangue e urina para detectar infecções ou ainda exame de líquor para diagnosticar meningites.

 

4. Convulsões febris deixam sequelas?

Na maioria das vezes, não deixam sequela nenhuma. A chance de uma criança que teve crises convulsivas febris ter epilepsia é de cerca de 1%.

Ainda que seja uma cena assustadora, esse tipo de crise não significa problemas futuros de lesão cerebral, retardo de desenvolvimento, inteligência ou dificuldades de aprendizado.

 

 

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