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O que é Síndrome de Down: entenda essa alteração genética

Por Redação Doutíssima 21/03/2015

Entender o que é Síndrome de Down é importante mesmo para quem não tem casos da síndrome na família. Conhecer e respeitar  são passos necessários para compreender que a alteração traz limitações para a pessoa, mas não a impede de levar uma vida normal.

 

Segundo a Organização não Governamental Movimento Down, no Brasil há cerca de 270 mil pessoas com a síndrome. A incidência da alteração genética é de uma a cada 700 nascimentos.

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Luta pelo reconhecimento social ainda é realidade para quem tem a síndrome. Foto: iStock, Getty Images

Saiba o que é Síndrome de Down

A Síndrome de Down leva esse nome porque foi John Langdon Down que, em 1866, descreveu a alteração genética. Grande parte das pessoas com a síndrome apresenta a trissomia 21 simples, que é um cromossomo extra em todas as células. Ela é originária de um erro na separação dos cromossomos 21 em uma das células dos pais.

Para se ter um diagnóstico e saber o que é Síndrome de Down, é preciso realizar o cariótipo, um estudo cromossômico a partir do qual se torna possível detectar o cromossomo extra.

A maioria das pessoas que possuem Síndrome de Down apresenta características físicas e cognitivas acentuadas por conta desse cromossomo a mais. Fisicamente, entende-se o que é Síndrome de Down, pois as pessoas possuem estatura menor que as demais.

Além dos olhos puxadinhos, diversas características na crânio, face, nuca, braços e pernas são bastante comuns. Há uma defasagem intelectual que, com o estímulo precoce, não impede de realizar atividades da vida diária e até as mais complexas.

O que é Síndrome de Down frente à inclusão escolar

Em 2008, foi criada no Brasil a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Essa medida foi responsável pela presença de alunos com deficiência na escola regular ter saltado de 306 mil para 620 mil entre 2007 e 2012.

De acordo com o Ministério da Educação, na rede pública, há 84 mil professores especializados no ensino da Educação Inclusiva. Esse avanço se reflete no aumento de oportunidades que as pessoas com Síndrome de Down têm no mercado de trabalho.

É o caso, por exemplo, da jornalista Fernanda Honorato, de 34 anos. De acordo com o Ranking Brasil, site  independente que, há 15 anos, registra recordes brasileiros, a carioca é a primeira repórter com Síndrome de Down do país.

Trabalhando desde 2006 no Programa Especial, da TV Brasil, Fernanda faz com que as pessoas entendam o que é Síndrome de Down e que essa alteração genética não limita a realização de sonhos.

Além do trabalho na televisão, ela faz dança cigana e é atleta da natação pela Sociedade de Síndrome de Down. Também já foi musa da Portela e teve a honra de receber do príncipe Harry, do Reino Unido, o título de Embaixadora da Alegria.

Modelo com Síndrome de Down

Com 30 anos, a gaúcha Pâmela de Andrade mostra o que é Síndrome de Down na passarela ao se tornar a primeira modelo plus size com SD no Brasil. Para isso, ela se preparou (em 2014, fez um curso profissionalizante de modelo) e aprendeu técnicas de desfile, dicas de nutrição e lições de boas maneiras.

Quando não está sob os holofotes, Pâmela leva uma vida normal e demonstra talento para culinária e pinturas em tela. Faz todas as tarefas domésticas e, noiva, acalenta o sonho do casamento.

Apesar dos avanços, a luta pelo reconhecimento na sociedade das pessoas com Síndrome de Down é diária. Abolir o preconceito e a discriminação é o primeiro passo para promover o direito à igualdade.