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Saiba como prevenir e tratar a tuberculose

Por Redação Doutíssima 24/03/2015

Provavelmente, você já ouviu falar de tuberculose. Mas talvez não saiba que ela está entre as doenças infecciosas que mais matam no mundo.

 

A condição afeta especialmente os pulmões – a pulmonar é a mais comum no Brasil -, mas pode ocorrer em outros órgãos, como os ossos, os rins e as meninges, membranas que envolvem o cérebro.

 

Embora tenha tratamento e prevenção, a tuberculose nem sempre recebe a atenção necessária dos pacientes. Por conta disso, seu tratamento deve ser rigorosamente acompanhado pelo serviço público de saúde.

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Doença que atinge pulmão tem tratamento gratuito no sistema de saúde. Foto: iStock, Getty Images

Números da tuberculose no mundo

Só em 2012, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,3 milhão de pessoas contraíram a bactéria Mycobacterium tuberculosis – ou Bacilo de Koch – e morreram. Estima-se que a epidemia entre 1850 e 1950 tenha sido a responsável por mais de um bilhão de mortes em todo o mundo.

 

Ainda segundo a OMS, um terço da população mundial está infectada pelo bacilo, mas apenas uma pequena parcela sofrerá com a tuberculose, cujo desenvolvimento está intimamente ligado ao enfraquecimento do sistema imunológico do organismo.

 

Transmissão, diagnóstico e tratamento

A transmissão ocorre de forma direta, de pessoa para pessoa. Por isso, ambientes com muita aglomeração são propícios para o contágio, que pode ocorrer quando a pessoa infectada fala, espirra, tosse, ou de qualquer forma em que pequenas gotas de saliva com o agente infeccioso sejam aspiradas.

O diagnóstico da tuberculose é simples. Os sintomas podem ser confirmados por uma radiografia do pulmão e análise do catarro.

 

Somam-se ainda o teste de Mantoux, que consiste na aplicação de tuberculina (extraída da própria bactéria) debaixo da pele e a biópsia pulmonar. Outra forma de diagnosticar tubérculos é pela broncoscopia (uma espécie de endoscopia da árvore brônquica).

 

O tratamento é feito com três medicamentos diferentes: pirazinamida, isoniazida e rifamicina. Durante dois meses, o paciente toma os três e, a partir do terceiro mês, o primeiro deles pode ser excluído.

É fundamental e imprescindível que se siga à risca o tratamento, que é gratuito. Se o doente suspender a medicação, pode selecionar uma colônia de bactérias resistentes aos medicamentos.

 

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Prevenção da tuberculose

A prevenção da doença começa pela vacinação das crianças (com exceção das soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids). A vacina BCG deve ser dada logo ao recém-nascido. Se ela não foi vacinada, aos cinco anos, deve ser submetida ao teste de Mantoux, ou PPD. Caso não apresente reação, pode ser vacinada em qualquer idade.

 

Evite aglomerações, especialmente em ambientes fechados e pouco ventilados, pois favorecem o contágio feito pelas gotículas eliminadas pela respiração, por espirros e pela tosse dos infectados. Se a pessoa aspirou essas gotículas, a doença vai evoluir quando não for possível o bloqueio do bacilo antes de chegar nos alvéolos pulmonares.

 

Um dos maiores parceiros no combate à tuberculose é o sol. Sabe-se que o bacilo de Koch não sobrevive a mais de cinco minutos sob a luz solar. Por isso, uma das recomendações dos órgãos de saúde é arejar, ventilar e deixar entrar em casa a luz do sol.

 

Lembre-se ainda que desnutrição, alcoolismo, HIV, uso de drogas e medicação imunossupressora aumentam o risco de contrair a doença. Além disso, os cuidados devem ser redobrados se houver alguém da família contaminado, especialmente na fase inicial da doença.

 

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