Pesquisadores suíços desenvolveram uma prótese em formato de nariz, a partir de impressão 3D, para ser utilizada nas cirurgias plásticas ou na reconstituição nasal. O material é feito em apenas 16 minutos e foi desenvolvido na Universidade Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zürich). Segundo especialistas, o método batizado como “bioimpressão”, tem o risco de rejeição quase nulo.
A técnica é feita a partir de células vivas, ou seja, elas são retiradas da cartilagem do paciente e associadas com biopolímeros, geralmente fabricados a partir de vegetais. De acordo com o estudo, o processo é particularmente interessante em pacientes jovens, uma vez que a nova cartilagem se desenvolve junto com o crescimento da pessoa.
Fraturas no nariz
Na rinoplastia tradicional, quando é necessário aumentar o tamanho ou fazer a reconstituição do nariz, é utilizado enxerto de cartilagem (geralmente retirado do septo, da orelha ou mesmo das costelas) ou mesmo um preenchedor sintético à base de silicone.
No caso, por exemplo, de fratura no nariz, os médicos garantem que basta praticar uma biópsia e recolher a cartilagem do joelho, dedo, ouvido ou nariz fraturado se misturar com polímeros e imprimir um novo nariz.
A partir da bioimpressão, as células do corpo ficam responsáveis por quebrar os polímeros e, dois meses depois, não é impossível distinguir o “novo corpo do velho”, explicam os especialistas. Eles explicaram que estes transplantes de cartilagem impressos serão usados inicialmente para tratar lesões de joelhos e tornozelos.
Outros experimentos
No ano passado, pesquisadores da Columbia University Medical Center anunciaram que tinham conseguido recriar cartilagem dos meniscos de ovelhas através de impressão 3D. Os meniscos ficam no meio dos joelhos e são fundamentais para atuar como amortecedores de impacto. O resultado foi considerado positivo porque, segundo os pesquisadores, o menisco do animal parece ao do seres humanos.
Quatro semanas após a operação, o menisco estava regenerado e três meses depois, o animal voltou a andar normalmente. O procedimento suíço, no entanto, têm uma vantagem sobre o método dos pesquisadores de Columbia: seus implantes estão prontos em 16 minutos, enquanto os “meniscos de Columbia” exigem meia hora de impressão.
O uso da impressora 3D pela medicina
Na holanda, uma mulher de 22 anos foi a primeira paciente no mundo a ter um implante de crânio feito a partir de uma impressora 3D. Ela tinha uma doença rara e a prótese em plástico foi a alternativa encontrada pelos médicos do Centro Médico Universitário de Utrecht.
Um paciente de 12 anos com câncer nos ossos recebeu uma vértebra feita com impressora 3D, desenvolvida por um médico chinês. De acordo com a Universidade de Pequim, foi a primeira vez em que o procedimento foi feito. O material impresso foi feito à base de titânio. Também na China, um outro caso em que a medicina recorreu à impressora 3D. Um paciente teve a face reconstituída após seu crânio ter sido esmagado.
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