Qualidade de vida

Saiba como retardar o envelhecimento a partir de senolíticos

Por Redação Doutíssima 25/03/2015

Não importa qual a sua idade. Em algum momento, você já deve ter parado em frente ao espelho e se questionado: como retardar o envelhecimento? Pois a resposta, que até bem pouco tempo atrás parecia distante demais, pode estar mais perto do que imagina.

 

É importante lembrar, entretanto, que saber como retardar o envelhecimento não é apenas uma questão de estética, como muitas pessoas pensam, mas envolve várias doenças que estão associadas ao envelhecimento e vem motivando pesquisas em busca de novos medicamentos.

como retardar o envelhecimento

Pesquisadores buscam nova classe de medicamentos para amenizar envelhecimento. Foto: iStock, Getty Images

Pesquisas para retardar envelhecimento

Uma pesquisa publicada recentemente pela revista Aging Cell fala de uma nova droga, os senolíticos, uma classe de medicamentos que ajudam a retardar o envelhecimento em camundongos.

Ela foi descoberta por uma equipe de pesquisadores da Clínica Mayo e do The Scripps Research Institute (TSRI), ambas instituições norte-americanas.

 

A droga, segundo a pesquisa, ainda pode aumentar a expectativa de uma vida mais saudável. Para um dos autores do estudo, professor Paul Robbins, a pesquisa representa um importante passo rumo ao desenvolvimento de tratamentos mais seguros para pacientes acometidos por patologias relacionadas ao envelhecimento.

 

Os protótipos dos agentes senolíticos, conforme a pesquisa, provaram-se eficazes no alívio de múltiplas características associadas ao envelhecimento, o que pode permitir o atraso, a prevenção ou até a reversão de múltiplas doenças crônicas e deficiências, e em grupo, ao invés de uma de cada vez.

 

Como retardar o envelhecimento nesse processo

Os senolíticos agem nas células que param de se dividir e se acumulam conforme envelhecemos, acelerando esse processo.

Os pesquisadores testaram um coquetel do medicamento dasatinibe (para câncer) e quercetina (anti-histamínico), e descobriram sua eficácia na indução à morte de células velhas em camundongos, aumentando a expectativa de vida.

 

As células senescentes – que pararam de se dividir – se acumulam com a idade e aceleram o processo de envelhecimento. Uma vez que o “healthspan” (tempo livre da doença) em camundongos foi reforçado para matar essas células, os cientistas encontraram tratamentos que poderiam realizar essa mesma tarefa em humanos.

 

Nos animais, esse composto, além de retardar o envelhecimento, ainda aumentou a função cardiovascular e a resistência em exercícios, reduzindo a osteoporose, a fragilidade e aumentando a expectativa de vida.

Em alguns casos, as drogas conseguiram isso apenas com um ciclo do tratamento, melhorando as funções cardiovasculares em cinco dias. O efeito durou pelo menos sete meses após o tratamento com as drogas.

 

A questão principal durante a pesquisa foi como identificar e atingir as células senescentes sem danificar outras células.

Usando a análise de transcrição, os pesquisadores descobriram que, assim como as células cancerosas, as senescentes têm um aumento da expressão de “redes pró-sobrevivência” que as ajudam a resistirem à morte celular programada. Essa descoberta fornece critérios-chave para o desenvolvimento de possíveis medicamentos.

 

Os pesquisadores dizem que são necessários mais testes e análises mais profundas, antes que a droga que tem a promessa de retardar o envelhecimento seja usada em humanos.

Eles também observam que as duas drogas em estudo possuem possíveis efeitos colaterais, pelo menos, com o tratamento a longo prazo. Entretanto, são otimistas quanto ao potencial da descoberta.

 

 

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