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Saiba quais são os principais riscos do parto normal

Por Redação Doutíssima 02/04/2015

O Ministério da Saúde divulgou, no início de janeiro, uma resolução que estabelece novas regras para o estímulo ao parto normal e a consequente diminuição de cesáreas desnecessárias na saúde suplementar. Enquanto essas informações são difundidas, algumas dúvidas ganham força, como aquelas relativas aos possíveis riscos do parto normal.

Por isso, é importante entender os conceitos que envolvem os tipos de parto e poder escolher o que realmente for o mais adequado para a mãe e para o filho. Para saber se há riscos do parto normal, vamos entender como ele acontece, como explica a ginecologista e obstetra Regina Paula Zambotti.

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Escolha pelo parto normal é incentivada por especialistas. Foto: iStock, Getty Images

Força para empurrar o bebê

O parto normal, ou vaginal, diz a médica, é mais caracterizado pela força e vontade da mãe. No estágio inicial do trabalho de parto, o colo do útero se dilata lentamente e vai se tornando mais fino. Quando a dilatação chega a aproximadamente 10 centímetros, tem início o processo em que o útero passa a empurrar o bebê através do canal vaginal.

A força para expulsar o bebê deve ser feita até que ele esteja “coroando”, ou seja, até que a cabeça já seja visível fora do corpo da mãe. Depois do nascimento, novas contrações ajudam o útero a expulsar a placenta do corpo da mãe.

“Ocorre dilatação total do colo uterino e realiza-se  a episiotomia, que é o corte na região da vulva. O bebê é expulso e, nesse caso, a mãe recebe anestesia e volta ao quarto. Tudo realizado em ambiente hospitalar”, explica a obstetra. Ela ainda ressalta que o pai tem o direito garantido por lei de assistir ao parto.

No caso do parto normal humanizado, continua Regina, a mãe pode ter seu parto em ambiente hospitalar ou domiciliar, porém sem o rompimento da bolsa do líquido amniótico, sem a episiotomia  e sem anestesia, podendo tê-lo na posição que melhor lhe prover, geralmente de cócoras.

Atenção aos riscos do parto normal

A literatura médica aponta, entre o riscos do parto normal a ocorrência de incontinência urinária.

Uma pesquisa divulgada em 2012 pelo site Urology Times mostrou que, em comparação com mulheres grávidas que fizeram cesáreas, as que tiveram parto normal têm 67% mais chances de ter incontinência urinária até 20 anos depois do nascimento do bebê. E é possível que se trate de uma condição permanente.

Laceração do períneo entre riscos do parto normal

Um outro estudo, desenvolvido em oito países da América Latina, pelo site BMJ, em 2007, aponta ainda entre o riscos do parto normal, um maior risco de laceração do períneo, a região entre a vagina e o ânus.

Segundo Regina, a dor no períneo é uma das principais desvantagens e riscos do parto normal. Ela é provocada pela pressão exercida pela cabeça do bebê sobre a região. “Muitas vezes, é necessário que o médico faça um pequeno corte na região muscular entre a vagina e o ânus, para facilitar a passagem do bebê”, explica a ginecologista.

Chamada de episiotomia, prossegue, essa prática é seguida por alguns pontos, que normalmente caem sozinhos alguns dias após o parto. “Se esse procedimento não for feito, corre-se o risco de lacerações musculares no introito vaginal”, completa Regina.

 

 

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