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Sarcoma: saiba tudo sobre o tipo de câncer que atinge tecidos

Por Redação Doutíssima 02/04/2015

Você sabe o que é sarcoma? Esse é um tipo de tumor que compreende 0,7% de todas as doenças malignas. A idade média de doentes com o problema é de 45 anos. O sarcoma é predominante em adultos jovens, tanto homens com mulheres.

 

A célula de origem determina a classificação do sarcoma. Os mais frequentes são os fibrosarcomas, liposarcomas, histiocitomas fibrosos malignos e os sinoviosarcomas.

O tumor pode afetar qualquer área que tenha tecidos moles (cartilagem, gordura, músculo, vasos sanguíneos e tecido conjuntivo ou de sustentação). Segundo informações do Sarcoma Oncology Center dos Estados Unidos, em 60% das vezes, o problema ocorre em membros superiores ou inferiores.

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Tipo de tumor é mais comum de ocorrer nos membros superiores ou nos inferiores. Foto: iStock, Getty Images

Causa do sarcoma

A maioria dos tumores não possui causa definida. O que se sabe até o momento é que a exposição ocupacional a agentes químicos com torotraste, cloreto de vinyl e arsênico estão associados a tipos específicos dessas doenças.

Em outros casos, alguns herbicidas também estão relacionados ao sarcoma. A exposição à radiação também pode ser associada a esse tipo de tumor, assim como linfedema crônico. As complicações tardias da radioterapia incluem tumores dos ossos e, em menor extensão, dos tecidos moles.

A questão genética também influencia no desenvolvimento da doença. Doenças hereditárias raras aumentam o risco, incluindo a neurofibromatose, esclerose tuberosa, síndrome de Gardener, e a síndrome de Li-Fraumeni. Na maioria dos casos, não se identifica uma causa específica.

Sinais do sarcoma e seu enfrentamento

Os sintomas desse tipo de câncer variam conforme o tumor, os locais, se há dor ou limitação de movimento. Outra característica dessa doença é a disseminação pela corrente sanguínea, especialmente para os pulmões.

O diagnóstico é feito com auxílio de exames de RX, ecografia, tomografia ou ressonância magnética, mas não é só isso, pois depende de biópsias do tumor com estudos de imuno-histoquímica, que são corantes utilizados pelos patologistas para definir origem do tumor e definir prognóstico.

O tratamento é feito com a retirada cirúrgica, que pode ser seguida ou precedida de quimioterapia e radioterapia, dependendo do tipo e localização. O mais importante é que seja tratado em um centro de oncologia, com profissionais experientes nessa doença e de maneira multidisciplinar.

Os doentes com sarcoma localizado (estágio I) têm 80% de chance de cura. Entretanto, como a doença é disseminada, somente 10% estarão vivos em cinco anos. Nas recorrências, 80% das vezes ocorre nos primeiros dois anos de evolução.

Prevenção do tumor

A maioria dos casos não é passível de prevenção. De qualquer forma, é importante evitar exposição a agentes tóxicos e radiação. Pacientes com predisposição genética deverão ser acompanhados.

Uma das grandes preocupações dos pacientes é quanto à possibilidade de a doença reaparecer. Embora não seja possível garantir que não vai voltar, algumas medidas podem ajudar a reduzir esse risco.

Entre essas medidas, estão o ajuste da alimentação, o exercício físico e parar de fumar ou usar qualquer tipo de droga, Aliás, essas medidas ajudam não só a evitar o risco de um novo câncer, como também a aumentar o tempo de vida, mesmo dos pacientes que já têm metástase.

 

 

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