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Hantavirose: conheça as suas consequências no organismo

Por Redação Doutíssima 08/04/2015

Você sabe o que é hantavirose? Essa é uma enfermidade aguda, bastante grave, difícil de ser diagnosticada por ter sintomas iniciais, como febre e dor muscular, comuns aos da gripe. É provocada por diferentes tipos de sorotipos de Hantavirus, presente nas fezes, saliva e urina de roedores silvestres.

A hantavirose pode se manifestar como uma doença febril aguda ou de duas formas mais graves: Síndrome Cardiopulmonar Pelo Hantavírus (SCPH), mais comum nas Américas, e Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR), prevalente na Europa e na Ásia. É considerada de distribuição universal, ou seja, acomete pessoas no mundo todo.

hantavirose

Febre é um dos sintomas de quem está com hantavirose. Foto: iStock, Getty Images

A doença foi diagnosticada pela primeira vez no Brasil em 1993. Apesar de ser registrada em todas as regiões do País, o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste concentram maior percentual de casos confirmados. As infecções ocorrem principalmente em áreas rurais e o grupo mais acometido é o do sexo masculino, com faixa etária de 20 a 39 anos.

 

Em 2014, foram registrados 74 casos de hantavirose, sendo que 26 resultaram em óbito. Devido ao alto índice de letalidade da SCPH, é importante ficar atento aos grupos de riscos, já que a maioria dos pacientes que são infectados precisam de assistência médica.

Quem faz parte do grupo de risco

– Moradores da área rural que trabalham com agropecuária e reflorestamento;

 

– Trabalhadores encarregados da limpeza de celeiros e galpões;

 

– Pessoas que acampam, fazem trilhas em matas.

Hantavirose e seus sintomas

O período de incubação da doença varia entre cinco e 60 dias. Na fase inicial, os sintomas são febre, mialgias, cefaleia, dor lombar, dor abdominal e sintomas gastrointestinais.

Na fase cardiopulmonar há presença de tosse, taquicardia e possível evolução para edema pulmonar (acúmulo de líquido nos pulmões).

A transmissão do vírus

A transmissão para o homem se dá através de ambientes fechados e inalação de aerossóis (partículas suspensas na poeira). O ser humano é a única espécie que se infecta além dos roedores. Nesses animais a transmissão não é letal, por isso, se tornam hospedeiros por longos períodos.

Como diagnosticar e tratar a hantavirose

Para diagnosticar a hantavirose são usados exames como a imunoflorescência, por exemplo, que pode identificar a presença de anticorpos produzidos pelo organismo para combater o Hantavirus.

 

Não há vacina ou tratamento específico para essa doença. Contudo, ela tem cura. Para isso, é necessário um diagnóstico precoce e medidas de suporte, inclusive em unidades de terapia intensiva (UTIs).

Recomendações importantes

É importante salientar que o vírus da hantavirose se torna inativo depois de algumas horas exposto ao sol. Por isso, medidas preventivas podem ser tomadas. Confira as principais:

 

– A limpeza de ambientes que supostamente possam ser habitat de roedores deve ser feita com panos umedecidos com desinfetantes. Não esqueça de utilizar luvas próprias para a limpeza;

 

Lave talheres e pratos após o uso;

 

– Acampe longe da mata e certifique-se que o fundo da barraca está impermeável;

 

Descarte o lixo de maneira correta. Evite deixar acumular o lixo doméstico;

 

– Em caso de suspeita dos sintomas, procure seu médico imediatamente.

 

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