Você pode até não perceber em um primeiro momento, mas a neurociência está presente no dia a dia de cada pessoa, ainda que de maneira imperceptível. Em nossa vida profissional, ela exerce importante influência. Entenda mais sobre essa relação e veja como ela pode ajudar você.
O que é neurociência
A neurociência estuda o funcionamento do sistema nervoso, com uma abordagem que vai além da parte estrutural. Essa área do conhecimento pode ajudar empregados e empregadores a entender os fatores que, cientificamente, levam as pessoas a serem mais colaborativas e motivadas profissionalmente.
É por meio dela que novos gestores buscam subsídios para gerenciar pessoas e potencializar seus resultados centrados na premissa que “pessoas motivadas trabalham melhor e mais felizes”.
A neurociência a favor dos colaboradores
Se você está há muitos anos em uma empresa, pode ser que se sinta desmotivado e pouco colaborativo. Segundo o doutor em neurociência e professor adjunto da Universidade de Miami, Jaderson Costa da Costa, isso é comum acontecer se a sua função não lhe traz prazer e recompensa.
O especialista compara a motivação à sensação de prazer e bem-estar que as pessoas têm ao ganhar um jogo ou consumir drogas. Estar motivado ativa no cérebro um neurotransmissor dopaminérgico que faz as pessoas serem mais colaborativas.
Para a neurociência, fatores como recompensa, altruísmo, doação e colaboração são fundamentais para a motivação no ambiente empresarial. Na análise do pesquisador, a máxima do “é errando que se aprende” só pode ser considerada caso a pessoa reflita e racionalize o erro e, a partir dele, crie um novo modelo para fazer suas tarefas.
Estar motivado requer a sensação de ganho constante. Isso porque, segundo Costa, o cérebro não aceita muito bem as perdas. Para ele, a maior ativação do órgão está relacionada tanto a um maior ganho e a uma menor perda quanto ao predomínio das escolhas altruístas sobre os interesses egoístas.
Um recurso para gerir pessoas
A motivação no campo profissional depende dos exemplos dados pelos líderes. E a explicação é encontrada na neurociência, pois o cérebro tem a tendência a imitar atos. É o mesmo que acontece quando alguém boceja e o outro, mesmo sem vontade, repete o ato involuntariamente.
Isso ocorre graças ao que Costa chamou de “neurônios espelhos” que têm a capacidade de, além de interpretar, antecipar o que vai acontecer. E para acionar essa região cerebral basta uma expressão facial.
São elas, as expressões faciais, associadas a palavras de incentivos, que podem fazer com que o cérebro produza naturalmente “hormônios da motivação”, que são a dopamina e a citocina. O efeito provocado pelo prazer dessas substâncias torna as pessoas mais felizes e colaborativas.
Se você é um líder altruísta, simpático e motivado, naturalmente, seus colaboradores serão. Embora, para a neurociência, esses fatores tenha forte influência das características de cada pessoa. Essas podem variar de acordo com o grau de identificação com a função, foco, objetivo, vocação e até fatores genéticos.
Entender como o cérebro funciona e, por meio do mapa mental, encontrar as respostas para os problemas do dia a dia pode gradualmente melhorar o ato de gestão de pessoas, o relacionamento entre líderes e colaboradores e, consequentemente, o desempenho das empresas. Que tal aplicá-la no seu dia a dia profissional?
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