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Estudo em ratos mostra que oxitocina pode curar embriaguez

Por Redação Doutíssima 26/04/2015

Você sabe qual a função do hormônio oxitocina para o organismo? Provavelmente, deve conhecer casos de pessoas que não conseguem ficar sozinhas. Precisam constantemente de um relacionamento para se sentirem bem, felizes e completas. O que pode parecer carência, em alguns casos, é a falta desse hormônio, substância conhecida como hormônio do amor.

 

Essa, além de bem-estar, promove sensação de segurança e outros benefícios. Entre as descobertas mais recentes, os cientistas conseguiram incluir a cura dos sintomas de embriaguez.

oxitocina

Hormônio produzido no hipotálamo é responsável pela sensação de bem-estar. Foto: iStock, Getty Images

Por que a oxitocina é o hormônio do amor?

O amor não tem uma fórmula para acontecer, mas quando acontece, provoca diversas reações químicas no organismo, que fazem a pessoa se sentir bem ao lado de quem ama. Uma das responsáveis pelas borboletas no estômago e sensação de bem-estar é a oxitocina, hormônio produzido no hipotálamo.

Não é por acaso que essa substância tem esse poder. Nas mulheres, a oxitocina é responsável pela contração uterina, movimento que tira o bebê de dentro da mãe, portanto auxilia nos vínculos entre a mamãe e a criança. Já nos homens, tem a função de deixá-los menos agressivos.

Segundo um estudo da Universidade de Bar-llan, em Israel, na fase do comecinho do relacionamento, quando estamos apaixonados, o nível desse hormônio dobra. Enquanto em casais que estão prestes a se separar, há uma queda na produção da substância.

Oxitocina no combate à embriaguez

Pode parecer estranho que um hormônio que influi diretamente na paixão possa ter funções como proteger o cérebro dos efeitos do álcool.

A máxima “se beber, não se apaixone” pode ser comprovada por um estudo realizado no departamento de Psicologia da Universidade de Sidney e publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Nele, foram usados dois grupos de ratos. Os do primeiro ingeriram álcool e, em seguida, consumiram oxitocina. O segundo grupo, apenas álcool. No caso dos roedores que tiveram uma dose extra do hormônio do amor, não houve sinais de embriaguez, como no segundo caso.

A explicação é que o hormônio cria uma espécie de barreira de proteção e não deixa o álcool chegar nas partes do cérebro que promovem os efeitos da intoxicação, como a falta de coordenação motora.

Durma melhor e viva mais

Já os pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, concluíram que dormir de conchinha ajuda a reduzir o nível de cortisol, hormônio do estresse. Esse é responsável por parte das infecções e por grande parte das doenças cardíacas.

Em compensação, a produção de oxitocina é estimulada e, no caso dos casais, aumenta seus níveis. Dessa forma, funciona como anti-inflamatório, protege o coração contra doenças e, como bônus, dá a sensação de proteção e conforto.

Por essa razão, segundo o Dr. David Hamilton, responsável pelos estudos, casais que dormem juntos têm uma vida mais longa e feliz.

Ele afirma que fazer amor ainda é uma das maneiras mais confiáveis de produzir o hormônio, mas dormir juntinho ou simplesmente estar perto da pessoa amada também pode proporcionar prazer e trazer benefícios para a saúde.

 

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