O silêncio ocupa pouco espaço na rotina das pessoas. A agitação cotidiana, o barulho dos carros, das televisões e celulares, o burburinho das conversas e os alto-falantes nas ruas contribuem para o ritmo frenético da sociedade moderna. Por isso, no dia 7 de maio, comemora-se o Dia do Silêncio: uma oportunidade para refletir e usufruir dele para o bem-estar.
Trata-se de uma data simbólica, que não se relaciona com nenhum fato histórico. Seu propósito é simplesmente celebrar o silêncio, incentivando as pessoas a meditarem para combater o estresse. É, também, uma data reflexiva, que instiga a pensar sobre o excesso de informação sonora com a qual as pessoas se acostumaram a conviver.
Por que o silêncio é importante?
Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Otologia, estima-se que 30% a 35% das perdas de audição ocorrem por consequência da exposição a ruídos comuns no dia a dia. Ou seja: o excesso de estímulos sonoros a todo momento pode, sim, causar a dano progressivo para a audição.
Além disso, um estudo americano do National Institute for Occupational Safety & Health associa os barulhos do dia a dia ao aumento do estresse: quando ficamos expostos a volumes altos por um extenso período de tempo, o ruído nos torna hipersensíveis. E o estresse traz sequelas: baixa a imunidade, aumenta a pressão sanguínea e o risco de doenças coronarianas, provoca dores de cabeça e úlceras.
Em entrevista ao periódico Scientific American, o diretor de Fisiologia da Universidade de Greensburg, Mark Andrews, relaciona os ruídos à falta de concentração nos estudos e no trabalho. Ele aponta que o barulho pode interromper a capacidade da pessoa de pensar claramente e absorver informações, diminuindo o rendimento das funções cerebrais.
Assim, os efeitos da convivência ininterrupta com o barulho são desde transtornos puramente fisiológicos, como a perda da audição e dores de cabeça, até sequelas psicológicas, como irritação e cansaço. Por isso, se você pensa estar acostumado com os ruídos do dia a dia, saiba que mesmo imperceptivelmente eles podem estar afetando sua saúde e o seu rendimento.
Aproveite o silêncio para a meditação
Diante de todos os malefícios da poluição sonora, a meditação pode ser uma alternativa para relaxar. Meditar nada mais é que se afastar de tudo e de todos, aproveitar o silêncio, concentrar-se apenas em você mesmo. Os benefícios são comprovados. Segundo um estudo divulgado pelos pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, meditar alivia sintomas da ansiedade, depressão e dores crônicas.
Confira a seguir algumas dicas para meditar:
Escolha um bom horário
Meditação não tem horário certo para acontecer. O importante é reservar alguns minutos dentro do seu dia para ficar sozinha e em silêncio. Seja pela manhã ou à noite, é essencial reservar um horário no qual você sabe que não será interrompido.
Fique em um ambiente quieto
Apreciar o silêncio é um dos propósitos da meditação. Por isso, na hora de relaxar, vá a algum lugar quieto e calmo: pode ser ao ar livre ou no seu quarto.
Ache uma posição confortável
Você não precisa ficar naquela pose tradicional de meditação, conhecida como “lótus”. O essencial é achar uma posição confortável, relaxar os ombros e o pescoço. Depois, é só manter a coluna ereta e fechar os olhos.
Respire profundamente
Não importa se você vai meditar por cinco, dez minutos ou uma hora: durante o processo concentre-se na respiração, inspire e expire profundamente. Isso ajuda a relaxar o corpo e a mente e vai lhe guiar a um estado meditativo de paz.
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