Dieta

Dieta HCG traz riscos para a saúde

Por Redação Doutíssima 09/05/2015

Uma das dietas mais polêmicas que existem é, sem dúvidas, a dieta HCG. Basicamente, ela consiste em consumir poucas calorias e tomar, todos os dias, injeções de HCG – utilizada para tratar a infertilidade nas mulheres e para aumentar a contagem de esperma nos homens.

 

Todavia, não há evidências que comprovem sua eficácia, apenas a existência de riscos relacionados.

 

Como funciona a dieta HCG

Segundo os seguidores da dieta HCG, esse regime alimentar conseguiria realmente ajudar uma pessoa a perder 30 quilos em apenas um mês. Em outras palavras, isso significa um quilo por dia. Os planos de dieta envolvem duas coisas – o HCG e a dieta de baixa caloria.

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Dieta com baixas calorias e com uso de HCG pode causar impactos sérios na saúde. Foto: iStock, Getty Images

O HCG significa gonadotrofina coriônica humana, um tipo de hormônio que é geralmente produzido por mulheres durante a gravidez. Esse hormônio é aplicado através de uma injeção, que pode ser administrada por um médico ou pela própria pessoa.

 

Mas o plano não termina aí. É preciso manter o seu consumo de calorias em um máximo de 500 calorias por dia. As pessoas que procuram adotar essa dieta são incentivadas a comer mais frutas e vegetais orgânicos, alimentos ricos em fibras e produtos sem açúcar.

 

Perigos da dieta HCG

Em média, os adultos devem consumir normalmente de 2.000 a 2.800 calorias por dia. Até mesmo dietas prescritas por médicos raramente ficam muito abaixo de 1000 calorias por dia. Consumir 500 calorias por dia irá resultar na perda de peso, e isso ocorre independentemente se o indivíduo tomar o HCG ou não.

 

Infelizmente, essa reduzida ingestão calórica tem um impacto dramático sobre a saúde. A dieta de 500 calorias é a principal responsável pelos perigos da dieta HCG, que incluem cálculos biliares, fadiga, batimento cardíaco irregular, prisão de ventre, embolia pulmonar, diarreia e tonturas.

 

Com 500 calorias por dia, seu corpo entra em “modo de fome”, abranda o seu metabolismo e força a perda muscular e a perda de peso de água, ao invés da perda de gordura. Adicionando HCG a uma dieta de baixa caloria, os riscos físicos aumentam ainda mais.

 

O hormônio HCG é extraído a partir da urina de mulheres grávidas. Para Michael Kaplan, nutricionista da Mayo Clinic, essa dieta não compensa em razão dos riscos a que seus seguidores estão expostos.

 

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica o uso do HCG apenas para tratamentos de infertilidade – nada além disso. A venda desse hormônio, por outro lado, é estritamente proibida pelo Código de Ética Médico.

 

Criada por médico

A dieta HCG foi criada pelo médico britânico Albert Theodore William Simeons. Durante os anos 1950, Simeons injetava HCG em crianças que sofriam de síndrome de Frohlich, uma condição em que os pequenos sofrem com a evolução lenta de órgãos reprodutivos e a obesidade.

Expostas a essa dieta, as crianças começaram a desenvolver massa muscular e perder gordura corporal. Ao longo das décadas seguintes, Simeons injetou HCG em homens e mulheres obesas – e a redução de peso aconteceu.

Nos anos 2000, a dieta HCG viu um ressurgimento, quando pessoas começaram a buscar, cada vez mais, a melhor maneira de perder peso rapidamente.

 

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