Muitos alimentos industrializados possuem corantes na lista de ingredientes. Eles são utilizados para trazerem cores características. Um exemplo são os doces. Experimente colocar uma criança em frente a uma vitrine de doces coloridos. Balas, pirulitos e outras guloseimas atraem, num primeiro momento, pelo contato visual, e parecem hipnotizar.
Sim, essas substâncias são responsáveis pelo colorido intenso de balas, doces, gelatinas, sorvetes, bolos, massas e bebidas. Elas agem como aditivos e estão presentes em muitos alimentos industrializados.
Existem muitos tipos dessa substância, entre eles, os naturais e os artificiais, como explica a nutricionista Michele Blankenheim. Mas, como tudo na vida, o excesso no consumo pode ser prejudicial.
O perigo do excesso dos corantes
É muito comum encontrar a presença dessas substâncias nos alimentos que compramos nos mercados. Por isso, é importante compreender o perigo desse consumo. Até porque, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a legislação brasileira sobre o uso do corante é mais tolerante do que a legislação americana, por exemplo.
Para você ter noção, segundo o Idec, nos Estados Unidos algumas substâncias são proibidas na produção dos alimentos. E aqui no Brasil, elas são utilizadas. Portanto, preocupar-se com o consumo excessivo é essencial para manter a saúde das crianças, jovens, adultos e idosos.
Quando consumidos em grande quantidade, os corantes interferem no desenvolvimento metabólico e neurológico, salienta Michele, além de desencadearem problemas de alergia, complicações de estômago e pele. Segundo o Idec, além de tudo isso, essas substâncias também poder estar relacionadas à hiperatividade em crianças.
Porém, os que oferecem maior risco são os artificiais, de acordo com Michele. “Alguns estudos apontam, principalmente, que hidrocarbonetos aromáticos, tais como o benzeno e tolueno, presentes nos corantes artificiais, são tóxicos e comprovadamente cancerígenos”, diz a nutricionista.
É preciso estar atento a tudo isso porque o perigo realmente está na quantidade que pode ser consumida. Na maioria das vezes, os papais e mamães se preocupam com a ingestão de doces por causa do açúcar, mas esquecem que os filhos podem também estar exagerando no consumo desses aditivos.
Como identificar a presença de corantes
Michele avisa que é possível se proteger desse excesso quando lemos os rótulos dos alimentos que consumimos. “Todas as informações sobre o alimento devem estar ali no rótulo, e os corantes devem estar ali descriminados”, afirma.
Segundo a nutricionista, entre as substâncias mais comuns, estão o amarelo crepúsculo, amarelo quinolina, amarelo tartrazina, azul brilhante, vermelho 40, vermelho ponceau, vermelho eritrosina e vermelho bordeaux.
Michele destaca que o único benefício desses aditivos é sua ação na aparência dos alimentos. “Um dos principais problemas dos corantes nas crianças são as alergias”, salienta.
Assim, ela ensina que uma das melhores maneiras de proteger os pequenos é usar as substâncias naturais, já presentes nos alimentos. “A melhor alternativa para produtos com esse tipo de aditivos seria preparar os alimentos em casas, com frutas e verduras que também realçam e dão cor aos alimentos”, afirma a nutricionista, que atende em Novo Hamburgo (RS).
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