Saber como tratar a ansiedade é importante para lidar com esse transtorno psiquiátrico tão comum e que pode afetar de forma negativa a vida de muitas pessoas. Por mais que ela seja considerada natural do ser humano e muitas vezes benéfica, o excesso acaba causando pânico, desconfortos, medo e irritação.
A ansiedade sempre sinaliza algo que está por vir. Isso permite se preparar para o que vem, permite que a pessoa “se arrume para o encontro”. As afirmações são da psicóloga Madalena Lauschner.
Segundo informações da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), a ansiedade, dependendo do nível em que se encontra, pode ser considerada um transtorno psiquiátrico – o mais comum de ocorrer. A SBMFC ressalta que as mulheres têm duas vezes a mais de chances de sofrerem com o problema.
O fato é que nunca estaremos curados. Segundo Madalena, em níveis administráveis, ela pode ser útil. Ela cita uma frase que frequentemente aparece nas rede sociais: “depressão é o excesso de passado em nossas mentes, ansiedade é excesso de futuro. O momento presente é a chave para cura de todos os males mentais.”
Quando a ansiedade é boa e estimulante
Atribuída a Junia Bretas, a frase citada acima mostra que o momento presente é a chave para se administrar bem a vida, incluindo as alegrias, as angústias e tudo o mais que vem no pacote.
Assim, dentro de uma determinada medida, sentir-se ansioso é bom, pode ser produtivo e estimulante. Mas também pode fazer mal quando dissocia o indivíduo da realidade. A SBMFC diz que é importante perceber o quanto esse transtorno afeta a vida da pessoa e dos familiares.
Mas não é fácil assumir que ele não é tão benéfico. Pode ser desagradável porque haverá a necessidade de abrir mão de algumas coisas para obter outras.
De acordo com Madalena, algumas pessoas ficam tão ansiosas que entram em pânico, ou seja, não conseguem mais se conectar com a realidade e precisam de ajuda profissional para se localizarem.
Como tratar a ansiedade
Para controlar o problema, não há um molde que pode ser seguido por todos, daí a importância do autoconhecimento. Há grandes diferenças de uma pessoa para outra. Algumas são naturalmente calmas, outras, parece que já nascem insatisfeitas.
Homens e mulheres, de acordo com a psicóloga, ficam igualmente ansiosos, mas para administrar o incômodo, usam recursos distintos. Elas falam e se queixam mais, ao contrário deles. “São características sociais”, comenta.
Já nas crianças, o problema aparece principalmente sob a forma de fobias. Medo de monstros ou de situações reais.
A recomendação é que se procure um psicólogo ou psiquiatra para avaliar da melhor forma o que aflige a pessoa. É preciso diagnosticar como o problema afeta cada indivíduo e como a situação é vivenciada. Depois, pensa-se na melhor forma de tratar a ansiedade
De acordo com a SBMFC, quando há o diagnóstico do transtorno, existem diversas formas de tratar a ansiedade, que incluem as terapias, as técnicas de relaxamento e os medicamentos.
A Associação dos Portadores de Transtornos de Ansiedade (Aporta) afirma que os remédios ajudam a diminuir o incômodo e as terapias ajudam no desenvolvimento de habilidades para controlar e enfrentar o problema nas situações do dia a dia.
Segundo Madalena, as crianças também podem ser ajudadas a lidar com seus percalços de forma mais simples. Isso significa que elas precisam de um adulto disposto a ajudá-las a aprenderem sobre a realidade e a tolerarem as frustrações e medos cotidianos.
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