Uma descoberta acidental que mudou o curso da Medicina. É dessa forma que pode ser entendida a penicilina, usada há mais de 80 anos para tratar doenças graves e que oferecem risco de vida. Entre elas, podem ser relacionadas a endocardite bacteriana, a meningite, a pneumonia, a gonorreia e a sífilis.
Apesar de toda a sua importância, é preciso que ela seja administrada com cuidado, já que muitas pessoas são alérgicas à substância. Saiba mais sobre a penicilina e quando ela é essencial para a sua saúde.
O que é a penicilina?
A penicilina é usada para tratar infecções causadas por bactérias. Ela ataca as bactérias, eliminando-as ou impedindo o seu crescimento.
Existem vários tipos diferentes de penicilina e cada um é usado no tratamento de determinados tipos de infecções. Alguns exemplos são a ampicilina, a amoxicilina, a flucloxacilina e a fenoximetilpenicilina.
O sistema imunológico é capaz de se livrar de todas as bactérias prejudiciais que invadem o organismo. Isso se dá graças aos glóbulos brancos que produz. Mas há casos em que o trabalho é pesado demais para suportar.
Estamos falando de certos tipos de bactérias que possuem a capacidade de reconstruir suas paredes celulares. Essa habilidade permite que permaneçam no interior do corpo, não importa qual se a eficiência do sistema imunológico. Nesses casos, a penicilina entra em ação para atacar as paredes celulares das bactérias, ajudando a dividi-las e a eliminá-las.
Quando usar a penicilina
A penicilina é uma das primeiras drogas usadas para tratar doenças e permanece em grande uso na Medicina, embora já existam muitas bactérias resistentes a ela.
Atualmente, há três situações principais para os quais ela é indicada:
– Para ajudar a combater uma infecção bacteriana, como a amigdalite
– Para prevenir a infecção em sistema imunológico enfraquecido devido a doença ou condição existente – doença falciforme, por exemplo
– Para ajudar o sistema imunológico de pessoas que foram submetidas a tratamentos que poderiam deixá-las vulneráveis à infecção.
Quem não deve usar
Antes de tomar esse medicamento, há alguns fatores de risco a considerar. Conheça as principais contraindicações da penicilina:
Ser alérgico à substância
Se este for o caso, você não deve tomá-la. Isso aplica-se a todos os tipos de penicilina – se tiver sido alérgico a um, será a todos. Se você alergia a outros antibióticos β-lactâmicos, também será alérgico à droga.
Ter um histórico de alergias
Pessoas com alergias anteriores, como eczema ou asma, possuem maior risco de choque anafilático se tomarem penicilina. Este risco é pequeno, mas é importante verificar com seu médico se você já teve algum tipo de alergia no passado e se é seguro administrar este medicamento.
Está grávida e amamentando
A fenoximetilpenicilina não é segura para grávidas, por isso, só deve ser usada se estritamente necessária. Além disso, ela pode infectar o leite materno e afetar o bebê. Algumas penicilinas são misturadas com ácido clavulânico e não devem ser usadas durante a gravidez e a amamentação, exceto se prescritas por um médico.
Breve histórico
A droga foi descoberta por um estudante de medicina, chamado Ernest Duchesne, no século XIX. Em seguida, foi redescoberta por Alexander Fleming, em 1928, quando ele percebeu que células de bactérias que estavam perto do fungo Penicillium começaram a morrer.
Alguns testes mais tarde, Fleming concluiu que os fungos eram os responsáveis pela criação de uma substância que destrói as bactérias. A essa descoberta deu-se o nome de penicilina.
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