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Balbuciar: Saiba quais são os sons preferidos pelos bebês

Por Claudia Mercier 11/06/2015

A forma em que a criança escuta está ativamente ligada ao aprendizado, comunicação com os outros e no desenvolvimento da personalidade. Mas como um bebê escuta, a partir de quando e quais são os seus sons favoritos?

 

Pesquisadores canadenses mapearam a “forma de escutar” e confirmaram que os bebês preferem balbuciar e se comunicar entre si,  do que com adultos. Os especialistas confirmaram também, através de testes de audiometria, que os pequenos preferem os sons agudos.

 

Já no útero, o bebê ouve, mesmo os sons abafados pelo líquido amniótico. Ele responde ao som a partir do sétimo mês de gravidez. Claro, ele escuta primeiro os sons biológicos da mãe, batimento cardíaco, respiração, funcionamento intestinal, etc. Em seguida, ele ouve os sons externos e seus diferentes tons, antes de mergulhar em uma tempestade de som real no dia do seu nascimento.

 

bebê

Os pequenos preferem os sons agudos, afirma estudo. Foto: Shutterstock.

 

O sistema auditivo

 

No geral, as orelhas do feto começam a se desenvolver a partir do oitavo mês, mas a audição é refinada até a semana 35, com uma ampliação de frequências sonoras. Nesta fase, o bebê já ouve melhor os sons graves e agudos. Ele também se torna sensível a diferentes durações de som. Normalmente, o ambiente sonoro no qual um bebê é submetido ainda no útero pode, eventualmente, ter consequências.

 

Por exemplo, acredita-se que um bebê exposto regularmente a um ambiente com música, quando ele estava no útero, pode mais tarde desenvolver habilidades musicais especiais. Por outro lado, a ausência de som no útero resultaria no atraso desenvolvimento da sensibilidade auditiva.

 

bebê audição

Acredita-se que bebês expostos a ambientes sonoros desenvolem mais habilidades musicais. Foto: Shutterstock.

 

Os bebês preferem crianças balbuciando

 

Mas quais são os sons prediletos dos pequenos ainda no útero? Um experimento realizado por uma equipe de pesquisadores canadenses respondeu a essa pergunta: os bebês são muito mais suscetíveis ao murmúrio de outras crianças do que a linguagem adulta.

 

Para chegar a essa conclusão, bebês com seis meses de vida foram submetidos a registros reproduzindo uma voz feminina ou um balbucio de outra criança.

 

Os pequenos responderam com mais sorrisos e movimentos da boca o balbuciar emitido por seus pares, que eles também tenham concedido mais 40% de tempo de atenção. Esses bebês não entendem a conversa de outras crianças, mas eles parecia tentar se comunicar e reproduzir os sons ouvidos.

 

bebes se falando

Bebês preferem ouvir outra criança balbuciar que a linguagem adulta. Foto: Shutterstock.

Essa descoberta é importante, já que a atração a certos sons podem contribuir para o processo de aquisição da linguagem. É com a prática de movimentos da boca e cordas vocais que as crianças aprendem gradualmente a emitir seus primeiros sons, pronunciando sílabas e palavras.

 

Os bebês são atraídos por sons agudos

 

Podemos supor que os bebês são mais atraídos por vozes agudas, e isso os prepara para receber a sua própria voz. Intuitivamente, eles nos entendem, já que os adultos costumam se comunicar com os bebês com onomatopeias “gugu dadá, mãmã, papá…”

 

Então, devemos também mudar o tom da nossa voz e avançar para os agudos para chamar a atenção dos bebê? Alguns estudos já sugeriram, mostrando que os bebês são muito mais suscetíveis a canções de ninar cantada por suas mães do que aqueles ouvido na rádio ou na TV. Por quê?

 

Geralmente ao falar com nosso filho, nossa voz é mais aguda, mas também mais rítmica, carregada de mais emoção. E os bebês fazem a diferença!

 

Fique atento aos sinais emitidos pelos bebês

 

Os pais devem ficar atentos aos ruídos emitidos pelos pequenos. Especialistas explicam que, caso o bebê não emita nenhum balbuciado entre o nono e décimo mês de vida, pode ser um sinal de problemas com a audição.

 

Nesse caso, é necessário consultar um otorrinolaringologista para realizar testes de audição correspondente à idade da criança.

 

 

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