As pessoas com síndrome das pernas inquietas têm sensações desconfortáveis em suas pernas e um impulso irresistível de movê-las para aliviar os sintomas. Isso geralmente piora à noite, quando a pessoa está deitada, e por isso ela é considerada um grave distúrbio do sono.
Com o diagnóstico correto, é possível identificar e tratar essa condição. Estudos brasileiros indicam que 6% da população pode sofrer com o problema.
Síndrome das pernas inquietas: como identificar
As pessoas com a síndrome sentem sensações desconfortáveis nas pernas, e por isso precisam mantê-las em movimento para minimizar ou evitar o desconforto.
A característica clássica da síndrome das pernas inquietas é que os sintomas são piores à noite. Além disso, outra situação que a desencadeia são períodos de inatividade – por exemplo, longas viagens, imobilização com gesso ou exercícios de relaxamento.
Os sintomas podem variar, tanto quanto a gravidade como quanto a frequência. As pessoas com síndrome leve normalmente apresentam alguma perturbação no início do sono e menor interferência em atividades diurnas.
Em casos moderados, os sinais aparecem apenas uma vez ou duas vezes por semana, mas resultam em atraso significativo do início do sono e alguma perturbação durante o dia. Em casos graves, os sintomas ocorrem mais do que duas vezes por semana e resultam em interrupção do sono pesado.
Causas da síndrome das pernas inquietas
Na maioria dos casos, a causa da síndrome das pernas inquietas é desconhecida. Quando acontecem antes dos 40 anos de idade, acredita-se que ela pode ter um componente genético.
A síndrome também parece estar relacionada aos seguintes fatores ou condições, embora isso não esteja devidamente comprovado:
– Doenças crônicas, como insuficiência renal, diabetes e neuropatia periférica
– Certos medicamentos que podem agravar os sintomas
– Gravidez, especialmente no último trimestre.
– Álcool e privação de sono também podem agravar ou desencadear os sintomas
Não há nenhum teste específico para a síndrome das pernas inquietas. Por isso, os médicos procuram diagnosticá-la com as descrições do indivíduo quanto a sintomas e gatilhos.
Um exame físico e neurológico, além de informações sobre histórico familiar ou lista de medicamentos que está tomando, podem ser úteis.
Tratamento da síndrome
A síndrome é uma condição séria, mas tratável. A chave está em gerir os sintomas. Mudanças de estilo de vida, como limitar cafeína e álcool, tomar suplementos de ferro ou banho quente e iniciar um plano de exercícios geralmente ajudam.
Embora muitas pessoas encontrem algum alívio com tais medidas, raramente elas eliminam completamente os sintomas. Nesses casos, os medicamentos são úteis e devem ser prescritos.
É importante buscar tratamento para o problema porque alguns estudos têm relacionado essa condição com algumas complicações de saúde. Um estudo da Harvard Medical School, por exemplo, indica que mulheres de meia-idade que sofrem com a condição podem ter risco aumentado de hipertensão arterial.
De acordo com outro levantamento, também ligado a Universidade de Harvard, a impotência ou a disfunção erétil é mais comum entre homens mais velhos com síndrome das pernas inquietas, e quanto mais frequentes são os sintomas do distúrbio do sono, maior o risco de impotência.
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