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Regurgitação e refluxo do bebê: saiba como diferenciá-los

Por Redação Doutíssima 15/07/2015

Quando o bebê começa a devolver o leite após a mamada, muitas mães entram em estado de alerta. Porém, existem diferentes causas para que isso ocorra. Uma delas é a regurgitação, que não é o mesmo problema que o refluxo gastroesofágico.

 

Quando regurgita, a criança simplesmente põe para fora o excesso de líquido. Já o refluxo gastroesofágico sim merece atenção, pois pode interferir no desenvolvimento saudável da criança.

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Manter o bebê no colo após a amamentação é uma forma de evitar que ele regurgite. Foto: iStock, Getty Images

Grande parte dos bebês sofre de regurgitação, algo bastante comum na fase de aleitamento. No entanto, se eles apenas “devolvem” o que ingeriram de forma normal, sem choro ou sintomas mais característicos, não há por que se preocupar.

 

Medicações desnecessárias e troca do tipo de leite são situações equivocadas que os pais cometem na luta por evitar que o filho regurgite o líquido. Saiba como lidar com esse problema.

 

Regurgitação ou refluxo?

Refluxo e regurgitação parecem a mesma coisa, mas não são. Em uma pesquisa da Universidade Northwestern, em Chicago, nos Estados Unidos, foram entrevistados 948 pais de crianças com até 13 meses e plenamente saudáveis. Os investigadores notaram que 50% dos bebês no terceiro mês tinham, pelo menos, um momento ao dia em que regurgitavam.

 

Nos quatro meses de vida, ocorre o pico, quando 67% das crianças regurgitam uma vez ao dia, no mínimo. Entre os quatro e seis meses é mais comum porque o bebê se movimenta mais. Com o tempo, o problema vai sendo reduzido e apenas 5% das crianças sofrem com ele.

 

O bebê regurgita porque a válvula entre o estômago e o esôfago, o esfíncter esofagiano, não acabou de se desenvolver. Quando o leite passa, ele costuma fechar para segurar o líquido.

 

Como o bebê não atingiu a maturidade, o esfíncter fica relaxado e não completa sua função, fazendo com que um pouco de leite retorne depois da mamada. A criança também pode arrotar. Isso é considerado normal.

 

A regurgitação é considerada uma forma de refluxo fisiológico comum, que ocorre depois de algumas ou todas as mamadas. O bebê costuma tomar leite em excesso, sem que a mãe perceba. Como forma de aliviar o estômago, põe para fora o líquido que sobra. Esse ato não causa desconfortos nem traz consequências ao bebê.

 

Por outro lado, a doença do refluxo gastroesofágico é provocada pela má-formação do aparelho digestivo ou maus hábitos na alimentação. Nesse caso, dores, irritação, vômitos, baixo peso e refluxo intenso são sintomas que podem prejudicar o desenvolvimento saudável do bebê. Sem tratamento, podem haver complicações respiratórias, anemia e danos ao esôfago.

 

Tratando a regurgitação

O período em que o problema mais acontece é logo após as refeições e durante o sono, quando a posição facilita o processo de volta do leite.

 

Para evitar os problemas de regurgitação, é necessário que os pais fiquem atentos ao bebê depois da mamada. Ele precisa de um tempo mínimo de 10 minutos para arrotar. Durante esse período, mantenha ele no colo.

 

Quando colocar o pequeno no berço ou no carrinho, deixe em uma posição mais elevada, mas não completamente horizontal.

 

Se os sintomas forem da doença do refluxo gastroesofágico, é necessário procurar o pediatra. Nesse caso, o bebê pode precisar de medicamentos e acessórios, como cintos de sustentação. Situações mais sérias requerem cirurgia.

 

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