Conhecida como uma das substâncias mais populares no tratamento de manchas na pele, a hidroquinona é um medicamento indicado para o clareamento de melasmas – junto com outros ativos. No entanto, para preservar a saúde e a aparência da pele, esse uso precisa ser feito com muito cuidado e com indicação médica.
Hidroquinona clareia manchas
As manchas escurecidas na pele, também chamadas de melasmas, costumam surgir principalmente no rosto, mas também podem aparecer nos braços e colo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
As causas não são claras, mas há relação entre as manchas e o uso de anticoncepcionais, gravidez e exposição solar. Predisposição genética e histórico familiar também contribuem no surgimento de melasma. Elas são mais comuns nas mulheres, mas homens não estão imunes.
Segundo a dermatologista Fernanda Nassar, da estética Priscila Palazzo, a hidroquinona é um composto fenólico que age através da inibição da formação de melanina, o pigmento que dá cor para a pele.
Vendida sob diversas denominações, concentrações e associações, a substância é despigmentante por bloquear o acúmulo da melanina na pele. “Então a função bloqueadora da produção de pigmento auxilia na diminuição das manchas escuras, manchas de acne ou até mesmo sardas”, comenta a especialista.
Muito cuidado no uso da hidroquinona
Fernanda explica que a hidroquinona é usada em concentrações que variam de 1,5 a 5%. Além disso, é frequentemente associada a outras substâncias com o objetivo de potencializar a ação clareadora de manchas na pele.
Mas esse princípio ativo precisa ser administrado com muito cuidado. A substância pode desencadear uma hipersensibilidade ao contato da luz solar, deixando a pele ainda mais propícia ao desenvolvimento das manchas. “Isso pode fazer com que o tratamento de uma área do rosto prejudique outras”, informa a dermatologista.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia comenta que o método não funciona em todos os pacientes. Além disso, são necessários cerca de dois meses de tratamento até que os resultados comecem a aparecer.
Fernanda conta que na sua experiência, alguns pacientes relatam o aparecimento de vermelhidão, coceira e ressecamento na pele durante o tratamento com a substância.
“Isso só pode ser evitado com o uso correto e com a orientação de um profissional. A substância precisa ser bem utilizada, começando com uma concentração pequena e aumentando aos poucos”, explica.
A dermatologista ainda faz um alerta muito importante: no verão, não é recomendado usar esse agente caso a paciente queira ir à praia.
Substância pode causar outras manchas
Como orientado pela dermatologista, a hidroquinona bloqueia a produção de pigmento da pele, que quando concentrado provoca os melasmas. Mas esse bloqueio é capaz também de prejudicar e provocar a morte dos melanócitos, células que produzem a melanina.
Caso isso aconteça, quem faz o tratamento com a substância está sujeito ao aparecimento de uma disfunção estética na pele, manchas brancas chamadas de leucodermia em confete, também conhecida como sarda branca.
A orientação e acompanhamento de um dermatologista é indispensável no uso de agentes como a hidroquinona. Não comprometa ainda mais o seu visual usando fórmulas sem recomendação de um especialista.
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