Clínica Geral

Hidradenite supurativa compromete as glândulas sudoríparas

Por Redação Doutíssima 16/08/2015

A hidradenite supurativa, também conhecida como acne inversa, é uma doença dolorosa de pele. A longo prazo, causa abcessos e cicatrizes – geralmente na região das virilhas, nádegas, seios e axilas.  Esse problema ocorre em razão de obstrução dos folículos pilosos e infecção secundária e, por vezes, da inflamação de certas glândulas sudoríparas.

 

A hidradenite supurativa tende a começar após a puberdade, persistir por anos e piorar com o tempo. O diagnóstico precoce é bastante útil, já que o tratamento pode ajudar no controle dos sintomas e na prevenção de novas lesões de desenvolvimento.

hidradenite supurativa

A inflamação de glândulas sudoríparas pode causar cravos e lesões na pele. Foto: iStock, Getty Images

 

O que causa a hidradenite supurativa?

A causa exata da hidradenite supurativa ainda é desconhecida, mas sabe-se que está ligada às glândulas sudoríparas inflamadas e ao entupimento dos folículos pilosos. Uma série de fatores, que incluem hormônios, genética, tabagismo e excesso de peso, podem desempenhar um papel importante para seu desenvolvimento.

 

É importante saber que a doença não é contagiosa, tampouco está ligada à falta de higiene. De acordo com estudos científicos, esses abcessos da pele podem ser causados ​​por um problema com o sistema imunológico – conforme a Associação Britânica de Dermatologistas, por exemplo, eles estão ligados à doença de Crohn.

 

Muitos pacientes com hidradenite supurativa também sofrem de uma outra doença autoimune subjacente – na qual o sistema imunológico ataca as células e os tecidos do próprio corpo.

 

Sintomas da hidradenite supurativa

Geralmente a hidradenite supurativa aparece ao redor dos folículos pilosos, região em que muitas glândulas de óleo e suor são encontradas – axilas, virilha e na área anal, por exemplo. Além disso, ela também é capaz de se manifestar em áreas como os seios. Essa doença pode afetar uma única região ou várias áreas do corpo.

 

Os sintomas incluem pequenas zonas, sem caroço de pele, contendo cravos. É possível o aparecimento de lesões com algum tipo de secreção e odor desagradável. Coceira, ardor e transpiração excessiva são outros sinais característicos.

 

Além disso, nódulos duros que se desenvolvem sob a pele também podem significar a presença da doença. Muitas vezes, eles persistem por anos e, quando ficam inflamados, tornam-se feridas abertas cujo processo de cura é lento.

 

A doença tem cura?

Não há cura conhecida, mas o tratamento precoce é capaz de ajudar no controle de sintomas, evitando novas lesões. O uso a longo prazo de antibióticos pode ajudar a prevenir o agravamento da doença e a reduzir o risco de futuros surtos. Para casos graves ou persistentes, ou para lesões profundas, a cirurgia talvez seja necessária.

 

Em paralelo ao tratamento médico, algumas mudanças no estilo de vida são bastante úteis. Os dermatologistas indicam que pacientes que as adotam tendem a ter menos crises e sintomas não tão severos.

Para isso, opte por roupas folgadas – roupas apertadas e tecidos sintéticos irritam mais facilmente a pele. O excesso de peso também aumenta o atrito entre as dobras cutâneas e facilita lesões. Além disso, aumenta a transpiração e o crescimento bacteriano. Ou seja, perder peso é capaz de diminuir bastante os sintomas.

 

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