Sexualidade

Piolho chato: higiene íntima adequada ajuda a prevenir

Por Redação Doutíssima 15/09/2015

O piolho chato é um parasita que vive em seres humanos, geralmente nos pelos pubianos. Ele é transmitido ​​através do contato com o corpo, como ocorre nas relações sexuais. A infestação de chatos ou piolhos pubianos pode causar coceira e o tratamento envolve o uso de soluções para matá-los.

Se você pegou piolho púbico de um parceiro sexual, é importante fazer testes para outras infecções sexualmente transmissíveis.  

piolho chato

Contato sexual e uso de toalhas compartilhadas são formas de transmissão de piolho púbico . Foto: iStock, Getty Images

 

Como identificar o piolho chato

O piolho chato tem o nome científico de Pubis Phthirus, e também é conhecido como piolho púbico ou caranguejo. Ele é distinto dos piolhos que afetam outras partes do corpo, como a cabeça: muitas vezes são menores, cerca de dois milímetros, e podem ser cinzas ou marrons.

 

Os piolhos se alimentam de sangue humano e são capazes de causar coceira intensa nas áreas afetadas. Os pubianos geralmente vivem em pelos dessa região porque preferem o cabelo mais grosso. Porém, eles também podem afetar outros pelos do corpo, como os de axilas, barba, peito e, raramente, sobrancelhas e até cílios.

 

A proliferação acontece através das fêmeas, que colocam ovos – as famosas lêndeas, menores do que a cabeça de um alfinete. Esses ovos eclodem em piolhos normalmente de seis a 10 dias após serem colocados. Um piolho fêmea é capaz de colocar até 300 ovos durante sua vida, que dura de um a três meses.

 

Como é a transmissão?

O piolho chato é transmitido através do contato íntimo, geralmente o sexo. Porém, é bom ficar atento já que é possível pegá-los ao usar cobertores, toalhas, lençóis ou roupas de pessoas contaminadas.

 

Ao contrário do que muitos acreditam, é pouco provável que você os pegue em um assento sanitário ou através do contato com móveis, já que eles costumam cair do hospedeiro apenas quando já estão mortos. Além disso, eles não são transportados por animais, e não conseguem saltar de uma pessoa para outra como acontece com as pulgas.

 

Não são todas as pessoas que apresentam sintomas, cujo aparecimento é mais provável depois de cinco dias após a infestação inicial. À noite, a coceira se torna mais intensa. Alguns outros sinais comuns são febre baixa, irritabilidade, falta de energia e manchas.

 

Higiene é fundamental para prevenção

O tratamento para o piolho chato inclui fórmulas para acabar com a infestação. Em primeiro lugar, é preciso evitar o compartilhamento de roupas, roupas de cama, toalhas ou com qualquer outro item. O contato sexual também deve ser evitado até que o tratamento esteja completo e bem-sucedido.

 

Alguns médicos sugerem, ainda, que práticas de higiene nos pelos pubianos, como depilação, são capazes de destruir o habitat natural desse piolho. Um estudo britânico revelou que o aumento da remoção dos pelos pubianos pode levar a padrões atípicos de infestações ou à erradicação completa desse parasita.

A pesquisa foi realizada pelo Milton Keynes General Hospital, em uma pequena cidade perto de Londres. Foi descoberto que as infestações de piolhos caranguejo caíram de 1,8% em pacientes internados para 0,07%, entre 2003 e 2013.

Coincidentemente, durante o período, a incidência de relatos da remoção total dos pelos pubianos aumentou de 19% para 31%, e de depilação parcial de 23% para 56%. Além disso, 94% das pessoas que tinham o piolho chato mantinham seus pelos pubianos intactos.

 

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