Exercícios

Antiginástica: método foca em autoconhecimento e equilíbrio

Por Redação Doutíssima 05/10/2015

Para quem não gosta de exercícios convencionais de academia, a antiginástica pode ser uma boa opção. Ela não significa abandonar a ginástica, mas sim uma alternativa ao método tradicional. A disciplina permite aprender a ouvir melhor o corpo e corrigir más posturas, tudo com movimentos simples e poderosos.

 

Não gosta de ir à academia? A saída é encontrar uma modalidade que faça bem para seu corpo e adapte-se ao seu estilo. Nem todos apreciam passar horas malhando para manter o corpo em forma.

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Com movimentos lentos, técnica alternativa à academia promove bem-estar. Foto: iStock, Getty Images

Segundo um estudo da Universidade Estadual de Iowa, muitas vezes, isso sequer é uma opção, já que pesquisadores descobriram que a capacidade das pessoas para suportar dor e esforço do exercício chega a ser até 50% influenciada pela genética.

 

Antiginástica: um método de bem-estar

A antiginástica é um método holístico criado em meados dos anos 1970 pela fisioterapeuta francesa Thérèse Bertherat, autora do livro “O corpo tem suas razões”. Esse trabalho inovador iniciou uma revolução na forma como pensamos sobre o corpo. Ela diz que a anatomia deve ser considerada como um todo, com cada elemento dependendo do outro.

 

A técnica apresenta sequências de pequenos, lentos e precisos movimentos projetados para fazer a musculatura voltar a recuperar seu comprimento natural. Isso garante alinhamento harmonioso do corpo, postura jovem, flexibilidade e equilíbrio.

Significa também estar livre da dor dos movimentos sem muito esforço. O método também reflete pensamentos, sentimentos e emoções, respeitando a integridade da estrutura corporal.

 

Além disso, são observadas as leis mecânicas do corpo, que permitem melhor conhecê-lo e controlá-lo, destacadas pela fisioterapeuta francesa Françoise Mézières – uma das inspiradoras da técnica.

O “Método Mézières” é conhecido como uma revolução na terapia manual e objetiva realinhar o corpo de volta à própria forma perfeita. A técnica criou uma abordagem bem original para a fisioterapia, chegando a ter resultados significativos na cura de deformações estruturais graves, como a escoliose.

 

Antiginástica na prática

Em uma sessão de antiginástica, são executados movimentos simples, variados e criativos – tudo extremamente respeitoso com o corpo. A fisiologia de cada um desses movimentos, aparentemente simples, é capaz de mobilizar os músculos mais profundos. Cada um executa a técnica em seu próprio ritmo, conforme as possibilidades do momento.

 

É preciso identificar tensões musculares e desenvolver ideias sobre possíveis origens emocionais delas. A partir daí, o foco é aprender liberá-las. Os alunos tornam-se plenamente conscientes das relações que existem entre as diferentes partes do seu corpo e como essas partes se relacionam – o que facilita bastante esse trabalho.

 

Diferentemente de outros métodos, aqui não há objetivo de desempenho. Segundo a teoria proposta pela antiginástica, às vezes é mais interessante “perder” um movimento para assim descobrir o que seu corpo não pode fazer. Para facilitar a execução dos exercícios e ajudar a identificar partes do corpo, são usadas varas de madeira, bolas e almofadas.

 

Há movimentos capazes de serem feitos sozinhos em casa ou no escritório, com crianças e casais. As sessões com profissionais normalmente são aulas em grupo.  O método é indicado para qualquer pessoa, independentemente de idade ou condicionamento físico, já que a abordagem não está relacionada a desempenho.

Os benefícios dos exercícios variam de pessoa para pessoa, mas refletem-se em diferentes partes do corpo e incluem a saúde mental. Em outras palavras, ao optar por esse método é provável que você se sinta saudável e flexível, bem como aumente sua autoestima e bem-estar.

 

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