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Dedicar tempo é uma das formas de ter uma família feliz

Por Redação Doutíssima 21/10/2015

Em 21 de outubro de 2013, foi comemorado o primeiro Dia Nacional de Valorização da Família. A lei entrou em vigor em 2012. Mas para ter uma família feliz é preciso ir muito além de leis e datas comemorativas.

 

O 21 de outubro chama atenção da sociedade e governos para a importância da família no desenvolvimento humano. Trata-se de uma instituição onde os indivíduos são acolhidos com amor e respeito, independente do sexo ou condição sexual daqueles que o recebem ou concebem.

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Passar mais tempo com a família é um dos segredos para a felicidade. Foto: iStock, Getty Images

 

Como construir uma família feliz

Para construir uma família feliz é preciso estar disposto a aprender com o outro. As crianças têm muito a nos ensinar sobre relações de afeto. Não está pronta para a maternidade? Tudo bem. É possível constituir uma família sem filhos, mas em qualquer uma das hipóteses é preciso estar aberto para receber o outro e todas as suas qualidades e defeitos.

 

O seu sonho é ter filhos, mas por um motivo ou outro, isso não é possível? Adote. De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), existem 5.624 crianças aptas para adoção. Porém, a maioria das família interessadas (87,42%) prefere bebês e mais de 26,33% desses futuros pais só aceitam crianças brancas.

 

 

E o segredo para ter uma família feliz parece bem plausível: dedicar tempo para ela. Um recente estudo apontou que, para a maioria dos jovens, passar tempo em família é a principal causa da felicidade. O estudo feito para a Associated Press e MTV ouviu 1.280 jovens entre 13 e 24 anos nos Estados Unidos.

 

O fato é que a família aparece como prioridade para grande parte das pessoas no Brasil. De acordo com um estudo realizado pela SPC Brasil e o portal de educação financeira Meu Bolso Feliz, sete em cada dez brasileiros (69%) preferem ter uma vida onde possam dedicar mais tempo para a família, mesmo que isso signifique um salário menor.

 

E o tamanho da família pode interferir diretamente na felicidade. Segundo o jornal Daily Mail, pais que têm ao menos quatro filhos são mais felizes, de acordo com outra pesquisa recente. Na vice-liderança aparecem os pais que se identificaram como gays, lésbicas ou transgêneros.

 

O estudo foi desenvolvido por Bronwyn Harman, uma professora conferencista na Faculdade de Psicologia e Ciência Social da Universidade Edith Cowan, na Austrália. Ao todo, 950 pais foram entrevistados, das mais diversas configurações familiares, durante cinco anos.

 

Estatuto da família interfere no direito de ser feliz

No dia 24 de setembro deste ano, a Câmara de Deputados aprovou com 17 votos a favor e 5 contrários, o texto-base do projeto de lei que regulamenta o Estatuto da Família. Neste texto principal, que pode ser alterado ainda, o que causou polêmica foi a definição de família como a união que acontece entre homem e mulher por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

 

O Estatuto da Família, foi proposto por Diego Garcia (PHS-PR), que justifica o texto-base afirmando que retrocesso é ser contra a família “base natural da sociedade”. O projeto é contraditório, já que em 2013 foi aprovada a lei que garante a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Além, é claro, de fomentar ainda mais o preconceito sofrido por casais homossexuais.

 

A definição de família aprovada pelo plenário causou grande mobilização nas redes sociais. Celebridades como Mateus Solano publicaram vídeos de repúdio à votação da Câmara de Deputados e ao estatuto.

 

A sociedade se reorganiza ao longo do tempo e suas instituições básicas, como a família, também sofrem esse processo. Dessa forma, o Estatuto da Família nada mais é do que um empecilho para construção de mais famílias brasileiras felizes, sejam elas heterossexuais ou não. Família é família.

 

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