Gestante

Cirurgia durante a gravidez: saiba o que é permitido

Por Redação Fortíssima 13/12/2015

Não é novidade que a gestação requer cuidados relativos à saúde da mãe e do bebê. Entretanto, diferentes dúvidas ainda são frequentes nesse período. Uma questão importante trata da realização de procedimentos operatórios: afinal, é permitido fazer uma cirurgia durante a gravidez?

A resposta está nas particularidades de cada paciente. Apesar disso, a orientação geral consiste em protelar, a não ser que a gestante tenha um problema grave e o procedimento seja fundamental para que ela e o bebê sobrevivam.

Quer ficar por dentro do assunto? Então, saiba quando é necessário realizar uma cirurgia durante a gravidez e conheça os riscos e cuidados primordiais.

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Cirurgias durante a gravidez só devem ser feitas quando estritamente necessárias. Foto: iStock, Getty Images

Perigos da cirurgia durante a gravidez

Adiar é ideal porque qualquer tipo de procedimento cirúrgico envolve riscos, potencializados durante o período de gravidez, em que o organismo da mulher passa por transformações. Portanto, a necessidade de cirurgia depende da gravidade do problema enfrentado pela mulher.

“Tudo é questão de gravidade e necessidade. É difícil saber a ‘receita do bolo’, depende muito da situação da paciente e da gestação, além do tipo de cirurgia e do local envolvido. Na gravidez, quanto mais puder postergar, melhor”, esclarece o médico Breno Acauan Filho, obstetra e chefe do serviço de obstetrícia do Hospital São Lucas da PUC-RS.

Durante a gestação, o procedimento cirúrgico representa perigo tanto para mãe quanto para bebê. Acauan Filho explica que, em princípio, nenhuma cirurgia deve ser feita: quanto menos mexer no corpo da gestante, melhor.

Segundo o obstetra, esse período requer extremo cuidado com as pacientes. A cirurgia é considerada pelos médicos apenas quando a mãe está em perigo devido a um problema de saúde ou doença que possa levar à morte. De acordo com o obstetra, se o quadro for muito grave, aí é necessário correr o risco e partir para a operação.

Um exemplo disso é a descoberta de um câncer de mama durante a gravidez. Depois do diagnóstico confirmado por biópsia, a cirurgia pode ser uma opção para que a doença não traga ainda mais perigo para a mulher.

Os cuidados posteriores também são alterados, já que a radioterapia pode afetar o bebê e a quimioterapia deve ser evitada nos primeiros meses de gestação.

Riscos cirúrgicos para mãe e bebê

Mesmo que seja preciso operar, os riscos cirúrgicos estarão presentes para a mulher e o bebê. O aborto é um dos principais. Além disso, para a gestante, há maiores chances de sangramento durante o procedimento.

“A mãe pode perder o nenê pelo uso de medicação. Os riscos aumentam para ela também, e temos que preservar os dois”, salienta o obstetra.

Vale ressaltar que a gestante deve conhecer os riscos envolvidos antes de submeter a uma cirurgia ao longo desse período. “Caso a cirurgia durante a gravidez seja necessária, é necessário um trabalho em equipe entre os médicos. Um obstetra deve acompanhar”, diz.

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