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Estomatologia: conheça essa especialidade da odontologia

Por Redação Fortíssima 29/12/2015

Os cuidados com a saúde bucal não estão somente em escovar os dentes e passar o fio dental. A estomatologia, por exemplo, é uma parte da odontologia desenvolvida para prevenir, diagnosticar e tratar enfermidades da boca.

Aprovada e regulamentada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) desde 1992, a especialidade cuida do aparelho estomatognático. Ou seja, a região formada pelos lábios, dentes, mucosa oral, glândulas salivares e demais estruturas da orofaringe.

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O estomatologista está apto a detectar o câncer de boca em estágio inicial. Foto: iStock, Getty Images

Usos da especialidade

Das diversas estruturas que compõem a boca e as doenças que podem atingi-las, o profissional especializado em estomatologia está apto a prevenir, diagnosticar e tratar doenças virais, bacterianas, fúngicas, imunológicas, sistêmicas, sexualmente transmissíveis e até mesmo dermatológicas, desde que possuam manifestação na região da boca.

Já entre as lesões mais comuns tratadas pelo estomatologista estão as hiperplasias, as aftas, herpes e mesmo ocorrências mais graves, como o carcinoma ou o câncer de bucal, mais frequente do que é comum imaginar.

Pessoas com idade superior aos 40 anos, que fumam cachimbos e cigarros, consomem altas quantidades de bebidas alcoólicas ou apresentam má higiene bucal, por exemplo, estão no grupo de risco do câncer de boca. 

Estomatologia e câncer

Uma das doenças que fazem parte da rotina do estomatologista, o câncer bucal tem como principal sintoma a grande ocorrência de feridas na boca, que não cicatrizam após uma semana. Outros sinais são as ulcerações superficiais e indolores, que podem sangrar ou não, e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios e na mucosa.

Dentre os diversos efeitos colaterais que pessoas em tratamento oncológico apresentam, um dos principais é a falha do sistema imunológico. A vulnerabilidade da saúde contribui para que infecções se manifestem no organismo. Nesse período, qualquer foco de infecção dentária ou periodontal pré-existente pode representar um grande risco para o paciente.

Para a cirurgiã dentista Juliana Bellini, especializada em estomatologia, a eliminação dos focos de infecção dentária, antes do tratamento oncológico, é bastante importante. Nesse caso, o papel do estomatologista é essencial para evitar complicações orais.

Afinal, a radioterapia e a quimioterapia são tratamentos contra o câncer que causam quadros de xerostomia, com boca seca, sangramento gengival, infecções secundárias e a mucosite. Quando isso acontece, cabe ao profissional da estomatologia auxiliar o paciente que esteja com dificuldade para falar, mastigar e engolir.

No caso da mucosite, o tratamento pode ser feito a partir da laserterapia, que pode ser iniciado em conjunto com a intervenção oncológica. O objetivo é promover a bioestimulação da região, aumentando o metabolismo celular e acelerando a cicatrização. 

Entretanto, alerta Juliana, as complicações orais são capazes de interromper o tratamento oncológico. Por isso, a cirurgiã dentista entende que é fundamental fazer a prevenção antes do início da quimioterapia ou radioterapia.

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