Dia a Dia

Tempo de crise: confira dicas para se proteger da inflação

Por Redação Fortíssima 01/01/2016

O Brasil enfrenta uma grave crise econômica, que reflete no aumento do valor pago por alimentos, transporte e aluguel. Um dos indicadores para entender por que isso acontece é a inflação, caracterizada pelo aumento persistente e generalizado dos preços. O resultado é a diminuição do poder de compra do consumidor.

Mas o desempenho da economia brasileira tem causado reações também no exterior. O Brasil, que até pouco tempo era enaltecido como destaque entre as economias emergentes, agora gera olhares desconfiados nos investidores internacionais.

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A educação financeira é a melhor saída para evitar os efeitos da inflação. Foto: iStock, Getty Images

Como se proteger da inflação

Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), é importante ter em mente que até o momento não há motivo para desespero. Apesar de preocupante,  os números não devem chegar perto dos encontrados no passado, com índices elevadíssimos de inflação.

Mas também não é hora de gastos excessivos e sim de planejar e pouparA saída, segundo ele, é a educação financeira. Ou seja, ter em mente que uma inflação na faixa atual, se não houver cautela, vai comprometer o poder de compra e os investimentos.

É preciso proteger o dinheiro e, para isso, o principal caminho é definir os sonhos de curto, médio e longo prazo e, a partir daí, investir o dinheiro, pois o rendimento ajuda a anular os efeitos causados pelo aumento dos preços.

Sobre a relação da inflação com o consumo, uma ideia bastante comum é a de parcelar compras com prestações fixas. Mas é fundamental que se tenha condições de arcar com essa dívida depois.

Outro ponto importante é que não é necessário armazenar produtos, comprar em grandes quantidades gera desperdício e maior prejuízo financeiro. Também devemos evitar de deixar o dinheiro parado; dinheiro sem direcionamento será rapidamente desvalorizado.  

Outra dica importante é acompanhar os índices inflacionários. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador utilizado na política de metas do governo. Porém, quando o assunto são as finanças pessoais, também é importante acompanhar o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) .

É ele que afeta mais diretamente o bolso do consumidor. Esse indicador serve, por exemplo, para contratos de aluguel, reajustes de tarifas públicas e planos ou seguros de saúde, que costumam pesar no bolso do consumidor. 

Velha conhecida dos brasileiros

A inflação é uma velha conhecida dos brasileiros, que sofreram com o  processo de hiperinflação na década de 1980. Foram anos de incertezas e preços que variavam de um dia para o outro.

Esse processo só foi interrompido em 1994, com a criação do Plano Real e a mudança para nossa moeda atual. Afinal, a inflação é controlada pelo Banco Central, através da política monetária que segue o regime de metas para o índice.

“Por mais que as notícias sobre a inflação sejam assustadoras, reforço que é hora de manter a calma. É muito difícil que retomemos as taxas inflacionárias que tínhamos há 20 anos, então, mais do que nunca, é hora de pensar na educação financeira, pois esta, com certeza, fará com que os impactos sejam muito menores no seu dia a dia”, finaliza Domingos.

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