Especialidades > Saúde

Entenda a paraplegia e como ela pode afetar o corpo

Por Redação Fortíssima 12/01/2016

A paraplegia é a paralisia das pernas ou do tronco para baixo, geralmente causada por danos à medula espinhal. Os sintomas e os problemas desencadeados pelo trauma costumam depender da região específica atingida e do quanto ela foi comprometida.

paraplegia-iStock getty images-doutíssima

A paraplegia costuma ser causada por algum dano na medula espinhal. Foto: iStock, Getty Images

O que é a paraplegia?

Além de lesões na medula espinhal, a paraplegia também pode ser fruto de uma doença congênita que afeta os nervos do canal medular. Nesse caso, as principais regiões afetadas são a lombar, a sacral e a torácica. As consequências são semelhantes as desencadeadas por um trauma.

Além da perda dos movimentos, outros tipos de problemas podem se manifestar. As pessoas que sofrem desse da paraplegia são capazes de sentir limitações em sensações e reflexos na região abaixo da lesão, por exemplo. Não são raros ainda relatos de disfunções sexuais e dificuldades de controle do intestino e da bexiga.

Aliás, são esses dois fatores que costumam indicar os tipos de paralisia possíveis. Ela é completa quando a pessoa perde todas as funções abaixo do nível da lesão e incompleta nos casos em que algumas dessas funções permanecem intactas.

Dessa forma, é possível que alguém que sofra desse problema na forma incompleta consiga caminhar depois de fazer fisioterapia ou então siga tendo controle de algumas sensações provocadas na região. Tudo depende do local afetado e da gravidade.

É importante ainda não confundir essa enfermidade com outras semelhantes. Fala-se em paraplegia apenas quando há limitação no movimento de pernas ou do tronco para baixo. Já a quadriplegia ocorre quando são afetados tanto braços como pernas. A monoplegia, por sua vez, identifica problemas que afetam apenas um dos membros.

Possibilidades de tratamento

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 500 mil pessoas por ano sofrem alguma lesão na medula espinhal. Conforme o levantamento, divulgado em 2013, elas são de duas a cinco vezes mais propensas a morrer prematuramente.

Os tratamentos disponíveis dependem basicamente da extensão e da região afetada. De todo modo, no atual estágio da medicina é possível que as pessoas encontrem tratamentos que se não conseguem recuperar os movimentos totalmente, as possibilitam ter uma rotina mais fácil.

A fisioterapia é considerada um elemento importante para os pacientes que são vítimas desse problema. Com exercícios específicos, é possível aumentar a circulação do sangue nas áreas e membros afetados. Isso evita problemas decorrentes de sua não estimulação.

Há ainda pesquisas em andamento para propor novas soluções. Segundo um estudo publicado em 2014 e realizado pelo National Institutes of Health em parceria com a Fundação Christopher & Dana Reeve, quatro voluntários com paraplegia que se submeteram a uma terapia de estimulação elétrica da medula espinhal conseguiram mover músculos que estavam paralisados.

De acordo com os pesquisadores, os resultados foram bastante impressionantes. Afinal, dois dos participantes possuíam paralisia sensorial e motora completas, com rompimento total dos nervos que enviam informações sobre sensações das pernas para o cérebro e de movimentos do cérebro para as pernas.

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!