Bem-Estar > Psicologia

Óciofobia: quando o tédio se transforma em ansiedade

Por Redação Fortíssima 13/01/2016

Para a maioria das pessoas, o tédio é simplesmente transitório, um mero sentimento trivial de quando não se tem nada para fazer. Mas ele possui um lado um pouco mais complexo e pouco conhecido: a óciofobia.

óciofobia-istock getty images-doutíssima

Para quem sofre de óciofobia ficar sem fazer nada é um problema sério. Foto: iStock, Getty Images

O que é a óciofobia?

Existem inúmeras fobias para descrever os medos que as pessoas têm. Muitas delas são bastante lógicas, enquanto outras podem parecer um tanto estranhas. Por exemplo, duas fobias comuns são a aracnofobia (medo de aranhas) e a acrofobia (medo de altura). Soam racionais porque ambas estão ligadas a um perigo que pode ser facilmente reconhecido.

Por outro lado, há medos exagerados que são menos comuns e, justamente por isso, são difíceis de compreender. Fazem parte desse time a ergofobia (medo de trabalho) e a óciofobia (medo do ócio), por exemplo.

O que diferencia alguém cansado do tédio de outro pessoa que carrega a óciofobia é o exagero e a dificuldade de controle diante da situação. Para o indivíduo, aquele medo existe e é real.

Pode parecer bastante estranho. Afinal, por que temer o tédio? Acredita-se que o medo do ócio possa ter origem em uma situação na qual a pessoa foi forçada a fazer algo que o deixou entediado. A partir daí, ela começa a temer essa sensação.

A ansiedade é o sintoma mais comum – como em quase todas as fobias. É possível que ela seja leve, causando preocupação, temor e estresse. Mas pode ser que seja mais severa, causando até mesmo sudorese, aumento da frequência cardíaca e náuseas. O nível de ansiedade costuma variar conforme a intensidade do momento.

Como tratar esse tipo de fobia

Enquanto sentir um pouco de ansiedade em algumas situações costuma ser normal, quem sofre com fobias pode realmente ter sua vida afetada pelos seus medos. Afinal, toda a rotina pode ser modificada.

As consequências desse problema podem ser graves. Segundo um estudo da New School for Social Research, de Nova York, não é raro que essas pessoas recorram ao uso de drogas, especialmente durante tempo de inatividade.

Para superar esse tipo de medo é necessário buscar ajuda médica. Geralmente, o tratamento inclui uso de medicamentos prescritos – mas vale ficar atento porque muitas vezes eles possuem efeitos colaterais e os sintomas de abstinência podem ser graves.

É importante notar ainda que os medicamentos por si próprios são incapazes de curar fobias e servem apenas como um incentivo complementar a outras formas de terapia. Por exemplo, há tratamentos para fobias que incluem aconselhamento, psicoterapia e até hipnoterapia. 

Mas somente com ajuda especializada é possível determinar qual é a melhor alternativa para o seu caso. Afinal, o que serve para uma pessoa pode ter um resultado adverso para outro.

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!