A ajuda psicológica é uma grande aliada daqueles que buscam resolver seus conflitos e cultivar o autoconhecimento. A psicoterapia, por exemplo, é um dos métodos mais comuns e capaz de oferecer inúmeros benefícios para os pacientes.
“É uma forma de buscar ajuda para a resolução de conflitos. Normalmente, as pessoas recorrem a ela por dificuldades na vida emocional, conflitos ou porque desenvolveram transtornos”, explica Simone Bampi, membro do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-RS).
A psicoterapia ajuda você a se conhecer melhor. Foto: Shutterstock
Tipos de psicoterapia
Antes de começar a terapia, é importante entender que não existe um único método possível. Afinal, eles variam de acordo com o seu caso e as abordagens mais frequentes do profissional que você escolheu para seguir o tratamento.
Ainda que uma conversa com o seu psicólogo ou psicanalista seja necessária para definir qual é a melhor escolha, vale a pena conhecer as principais opções disponíveis:
Psicanálise
A linha teórica utiliza os conceitos do austríaco Sigmund Freud e hoje é uma das mais populares no Brasil. Essa psicoterapia tem uma visão ampla da pessoa, levando em conta que aspectos culturais e sociais influenciam o desenvolvimento de cada um.
Enquanto o paciente se expressa na consulta, o psicoterapeuta faz com que ele pense em significados para suas falas, com o intuito de descobrir o inconsciente, plano onde há muitos desejos. O tratamento pode ter duração de anos.
Terapia cognitivo-comportamental (TCC)
Proposta pelo psicólogo Aaron Beck, a terapia cognitvo-comportamental utiliza esquemas mentais e o lado consciente dos sujeitos. A teoria trabalha a partir da ideia de que as interpretações e cognições das pessoas despertam suas emoções e comportamento.
Nesse caso, o psicoterapeuta desenvolve um trabalho de auxiliar o paciente a ter pensamentos alternativos e diferentes pontos de vista, a fim de que isso reflita em mudanças nas suas ações.
Terapia junguiana
Trata-se de um segmento da terapia psicanalítica e se baseia nos estudos de Carl Gustav. Essa linha teórica explora o universo simbólico e os sonhos dos indivíduos para acessar o inconsciente, possibilitando um trabalho de desenvolvimento da personalidade e da resolução de conflitos.
Terapia lacaniana
Essa também é uma variação da psicanálise e usa a tática da livre associação. A terapia lacaniana tem a concepção de que o sujeito e o inconsciente são estruturados como a linguagem. As sessões possuem tempo invariável, pois a qualquer instante o psicoterapeuta pode intervir na fala do paciente, a fim de que ele reflita.
Terapia Gestalt
A linha, considerada uma abordagem humanista, tem como foco levar o sujeito a restabelecer contato com ele próprio, outros indivíduos e o mundo. A Gestalt tem a concepção de que o ser humano é capaz desenvolver o potencial que tem. Durante as sessões, além de falar, o paciente faz desenhos e gestos como formas de expressão.
Psicodrama
Por meio desse tipo de psicoterapia, as pessoas encenam papéis psicodramáticos para tratar de diferentes temas. A linha utiliza a técnica de dramatização de situações que podem sentidas ou vivenciadas como uma forma trabalhar a espontaneidade.
Como escolher a psicoterapia adequada
Na maioria das vezes, os pacientes nem mesmo conhecem as diferentes linhas teóricas existentes. Por isso, o psicoterapeuta desenvolve um papel fundamental. Como ressalta Simone, cabe a ele explicar como vai ser o trabalho, o tempo de consulta e de que maneira elas vão ser conduzidas.
“A psicoterapia é um processo de autoconhecimento, de poder se ver com as próprias verdades e dificuldades e fortalecer sua personalidade para enfrentar os obstáculos da vida. É um momento de fortalecimento do seu eu”, entende a psicóloga.
Quando o paciente entende o processo, é capaz de fazer uma avaliação e identificar se determinado tipo de psicoterapia faz sentido para ele. Por consequência, o trabalho flui de uma maneira mais natural.
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