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Olimpíadas 2016: controlar o zika vírus é desafio para o país

Por Redação Fortíssima 25/01/2016

O início das Olimpíadas 2016 se aproxima e o término da estrutura não é a única preocupação dos organizadores. Enquanto se prepara para o maior evento esportivo do mundo, o país também convive com a chegada do zika vírus. Para os organizadores, o desafio é evitar a proliferação do mosquito.

Segundo o último relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, dos 3.893 casos de microcefalia registrados recentemente, 87% estão em observação, sob suspeita de infecção pelo mosquito. Diante dos números e o temor internacional por parte das delegações e turistas, novas medidas de controle e prevenção vêm sendo anunciadas.

Medidas para as Olimpíadas 2016

De acordo com nota divulgada pela Prefeitura do Rio de Janeiro à BBC Brasil, um trabalho mais intenso de vistoria nas instalações olímpicas deve iniciar em abril, quatro meses antes dos jogos. O objetivo é evitar a proliferação do mosquito, através da identificação de focos, nas obras em fase final.

O protocolo deve continuar até a proximidade do início das Olimpíadas 2016. Em julho, quando estiver faltando um mês para cerimônia de abertura, será utilizado o procedimento conhecido como fumacê – ação de borrifar inseticida com máquinas instaladas em caminhonetes.

Quando os Jogos Olímpicos já estiverem em curso, outra estratégia será distribuir agentes fixos em cada instalação olímpica, mantendo um combate e vigilância diretos. Atualmente, três mil pessoas trabalham no controle do mosquito, número que deve ser aumentado durante a realização do megaevento.

Ainda segundo a nota enviada à BBC, não estão previstas ações específicas em aeroportos, rodoviárias, praias e parque durante as Olimpíadas 2016, uma vez que trabalho cotidiano dos agentes já inclui estas regiões.

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Evitar a proliferação do mosquito ainda é a principal forma de prevenir. Foto: Shutterstock

Zika vírus: melhor remédio é a prevenção

Para quem mora no Brasil, no entanto, os cuidados contra o zika vírus não devem ficar restritos somente ao período das Olimpíadas 2016. Para o vice-presidente do Conselho Regional de Biologia da 1ª Região, Luiz Eloy Pereira, o melhor remédio para vencer a epidemia é a prevenção.

Enquanto ainda não se chega a uma fórmula de imunidade ao vírus, a saída é combater o surgimento de novos casos. “A população deve especialmente eliminar os meios de surgimento do mosquito Aedes aegypti, já bastante difundidos até pela epidemia de casos de dengue que o país também viveu no último ano”, completa o especialista.

É preciso que a população redobre a atenção para evitar água parada em vasos, garrafas, pneus ou quaisquer outros objetos que favoreçam o acúmulo de líquido – ambientes propícios para o desenvolvimento do mosquito.

Aplicação de telas em portas e janelas, mosqueteiros sobre a cama e o uso de protetores solares que contenham a substância DEET (dietiltoluamida), uma solução que compõe os repelentes e age de forma eficaz contra os mosquitos. também pode ajudar.

“Mas é importante, principalmente no caso das gestantes, repelentes recomendados pelo seu médico de confiança”, alerta ainda Pereira. A aplicação deve ser frequente, com cuidado para não atingir regiões como a dos olhos.

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