Motivação

Dificuldade em dobrar a língua? Saiba o que impede esse ato

Por Redação Doutíssima 28/01/2016

Cada ser humano é único e possui habilidades bem particulares. Uma delas é a capacidade de dobrar a língua, simples para alguns e muito difícil para outros. Esse pode parecer um assunto sem relevância, mas algumas pesquisas já tentaram explicar por que essa não é uma característica comum a todo. 

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Hoje se sabe que a capacidade de dobrar a língua não está relacionada à genética. Foto: Shutterstock

Dificuldade em dobrar a língua

Entender o funcionamento desse músculo tão misterioso sempre motivou cientistas. É possível que, ao estudar genética no colégio, você tenha aprendido que a capacidade de dobrar a língua está relacionada com genes herdados dos seus pais. Será que isso é verdade?

Essa ideia foi construída ao redor de um dos primeiros estudos realizados sobre essa questão. Publicado em 1940 na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, dos Estados Unidos, o levantamento sugeriu que essa habilidade estava relacionada, ao menos em parte, com questões genéticas.

Porém, com o passar dos anos essa conclusão foi sendo descontruída por outras pesquisas. Em 1951, por exemplo, foi publicado um estudo no Journal of Heredity, realizado com crianças japonesas.

Houve uma avaliação da habilidade delas em dobrar a língua aos seis e sete anos de idade e, mais tarde, aos 12 anos. Os resultados mostraram que 54% delas conseguiam realizar a ação quando mais novas, enquanto 76% revelaram a mesma habilidade com o passar dos anos.

Na prática, isso significa que aproximadamente 20% das pessoas conseguiu aprender essa técnica. Um ano mais tarde, em 1952, outro levantamento publicado no Journal of Heredity também indicou falta de consistência na teoria genética.

Foram analisados 33 pares de gêmeos idênticos, sendo que em sete deles apenas um dos irmãos conseguia enrolar a língua. Com o passar dos anos, o interesse das pessoas foi diminuindo e o número de pesquisas realizadas ao assunto ficou escasso.

Atualmente, as informações acima são as únicas que se tem conhecimento: essa habilidade não é determinada pela genética, sendo possível aprendê-la com o passar dos anos.

Cuidados com a língua

A língua permite mastigar, engolir e falar. Mas, além disso, ela é capaz também de afetar diretamente a saúde bucal. Com mais de dez mil papilas gustativas, esse músculo é muitas vezes a parte da boca que está exposta às bactérias.

Mantendo a língua limpa, é possível combater bactérias que causam mau hálito. Por isso, toda vez que você escovar os dentes, tire alguns segundos extras para fazer o mesmo com a língua. Basta esticá-la e esfregar suavemente com sua escova de dentes.

Caso você ache escovar a língua desconfortável, fale com seu dentista para tentar uma solução de limpeza alternativa – um raspador de língua é uma delas. Ele é capaz de remover suavemente as bactérias da superfície da língua.

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