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Icaridina e outros repelentes: saiba como usar sem exageros

Por Redação Fortíssima 29/01/2016

A cada dia novas doenças surgem e com elas um vetor em comum: o mosquito Aedes aegypti. É importante evitar os focos de reprodução, mas também se proteger usando repelentes de insetos, como a icaridina ou o DEET.

Icaridina é boa opção de repelente para insetos

No Brasil, são três os tipos de repelentes mais usados. Por muitos anos, o dietílico toluamide (DEET) reinou absoluto. Há também o IR3535, que oferece boa proteção. Mas o destaque tem ficado com a icaridina, alternativa potencialmente mais eficaz.

Ela foi desenvolvida na década de 1980 e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para proteção contra mosquitos transmissores de doenças. Ela é conhecida por não irritar pele e olhos, não possuir odor pungente e não dissolver plásticos.

Como evapora mais lentamente na pele se comparada ao DEET ou IR3535, é capaz de oferecer uma proteção mais prolongada. Já o IR3535 foi desenvolvido em meados da década de 1970 e é utilizado na Europa há mais de 20 anos.

Essa substância é segura para uso e possui poucos efeitos colaterais, mas precisa de frequente reaplicação. É menos oleosa do que o DEET e mais agradável de usar. Porém, estudos independentes têm produzido conclusões diferentes quanto à eficácia, principalmente contra o mosquito que transmite a malária.

Já o mais famoso de todos, o DEET, é um repelente muito eficaz e mais antigo, desenvolvido em 1946. Ele ainda constitui a parte ativa da maioria dos repelentes de insetos. Entre suas vantagens está a eficácia comprovada na prevenção de picadas e a permanência eficaz por várias horas.

O problema é que ele possui uma sensação oleosa e pode provocar irritação nos olhos, lábios e outras áreas sensíveis. Um estudo publicado no New England Journal of Medicine comparou a eficácia do DEET em diferentes concentrações.

Foi descoberto que, para uma concentração de 5% a 10%, ele protege de uma a duas horas, enquanto para a concentração de 20% a proteção é de quatro a cinco horas. Quando se trata da icaridina, uma concentração de 7% equivale a cerca de 10% do DEET – ou seja, de uma a duas horas de proteção –, enquanto uma concentração de 20% representa a mesma proteção.

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O repelente evita a coceira incômoda de picadas. Foto: iStock, Getty Images

Como usar repelentes de insetos de forma segura?

Em primeiro lugar, você deve escolher repelentes que sejam certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É preciso também ficar atento às concentrações de substâncias contidas no produto.

Independentemente de qual produto que você usa, quando começar a sentir picadas de mosquitos é importante reaplicá-lo conforme as instruções do rótulo. Não use repelentes sobre cortes, feridas ou pele irritada, tampouco permita que crianças manuseiem ou pulverizem o produto.

Quando for utilizá-lo em crianças, aplique em suas próprias mãos e somente depois nos pequenos. Depois que voltar para casa, lave a pele com água e sabão. Isso é particularmente importante quando os repelentes são utilizados repetidamente em um dia ou em dias consecutivos.

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