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Vacina contra o zika em produção e teste de identificação é realidade

Por Redação Fortíssima 04/02/2016

O avanço da doença somado ao medo de uma epidemia maior que a do ebola têm levado as autoridades a fechar ainda mais o cerco para combater o mosquito Aedes Aegypt. Enquanto uma vacina contra o zika vírus ainda está em produção, um teste rápido para identificar a moléstia já é realidade.

Autorização de testes ajuda no combate ao zika

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou ontem a venda de três novos testes de laboratório para identificação do zika. Enquanto um dos fabricantes informou que só terá disponibilidade para uso dentro de 40 dias, o outro já dispõe dos produtos para entrega imediata.

Segundo informações do Ministério da Saúde, eles devem aumentar a capacidade de realização de exames, o que permite mais agilidade na identificação da doença. O primeiro teste é igual ao modelo já existente, o Proteína-C Reativa ou PCR, que verifica se há presença do material genético do zika vírus no organismo.

Já os outros dois, o IgG e o IgM vão ajudar a detectar anticorpos. Não precisa nem estar com os sintomas para que o resultado saia. Inclusive, é possível diagnosticar se a pessoa já teve o vírus até aproximadamente cinco anos antes. A estimativa é que cada exame custe entre R$ 500 e R$ 700.

As ações fazem parte de um pacote de medidas anunciadas pelo Ministério da Saúde para o combate ao surto da doença no país. Em janeiro, a entidade anunciou a aquisição de  500 mil testes nacionais para realização do diagnóstico das três doenças causadas pelo Aedes Aegypti. As primeiras 50 mil unidades já estão em produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Vacina contra o zika vírus está em desenvolvimento

A vacinha contra o zika já está em fase de desenvolvimento. Foto: Shutterstock

Soro e vacina contra o zika estão em produção

Outra novidade animadora vem do Instituto Butantan. A entidade já trabalha para o desenvolvimento do soro e da vacina contra o zika. A segunda já está em estágio mais avançado. Passos iniciais como isolar o vírus, sequenciá-lo e observar o seu crescimento estão em andamento.

O soro, por sua vez, ainda está em fase de estudos. Ainda assim, a expectativa é de que, em um futuro próximo, já possa ser usado – especialmente em mulheres grávidas. Para muitos especialistas, a produção e o desenvolvimento do composto anti-zika deve ser mais rápido que a própria vacina.

Mas você sabe qual é a diferença entre ambos? Enquanto a vacina estimula o organismo a desenvolver anticorpos contra o vírus, o soro tem a função de neutralizar a doença já presente no organismo do infectado. Ou seja, ele mesmo já contém os anticorpos para o combate.

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