Psicologia

Roupa de menina? Divisão do vestuário por sexo começa a mudar

Por Redação Fortíssima 14/02/2016

A moda está cada vez mais democrática. Exemplos práticos estão aí para provar: o filho do ator Will Smith, Jaden Smith, de 17 anos, apresenta um visual emblemático que não segue nenhum padrão de gênero. Saias e vestidos fazem parte de suas produções. Então não existe mais distinção entre roupa de menina ou menino?

Segundo a psicanalista Blenda de Oliveira, da Sociedade Brasileira de Psicanálise, as distinções existem e sempre existirão. Há coisas, sim, que fazem parte mais do feminino, assim como outras trazem características masculinas. Mas nada disso impede que meninos e meninas possam descobrir, explorar e se interessar por mundos diferentes”, diz.

Roupa de menina ou menino: padrões mudam

Para Blenda, o mais importante em relação às transformações dos padrões é dar às crianças a liberdade de explorarem e deixar que suas escolhas sejam naturais. “Do meu ponto de vista, percebo que essas questões muitas vezes tomam rumos radicais. Há algo de pouco espontâneo na decisão dos pais por introduzir uma variação no vestuário”, explica.

O que a especialista quer dizer é que o necessário é deixar espaço e liberdade para que uma ou outra peça seja aquela que a criança ou adolescente deseja para vestir. “Na cultura familiar, o jeito de cada criança precisa ser respeitado. Meninos e meninas merecem todo respeito pelas suas características femininas e masculinas”, enfatiza a especialista.

Os pais não precisam se assustar. É interessante que tratem com naturalidade e demonstrem interesse em explicar todas as dúvidas que possam surgir. O ideal é abordar os assuntos de forma clara e objetivo, tudo de acordo com a idade e as vivências já existentes. 

Roupa de menina e de menino já não segue definições claras

Jaden Smith adora misturar estilos. Foto: Instagram, Reprodução

Brinquedos sem distinção de gênero

Assim como o aspecto da roupa de menina ou menino, outra questão amplamente discutida se refere aos brinquedos. Segundo a psicanalista, nesse caso o ideal também é não influenciar. Ou seja, deixe diferentes opções disponíveis e permita a escolha.

Ambos os gêneros precisam ter a liberdade de explorar qualquer brinquedo. “Essas escolhas precisam seguir um curso natural, assim como a reação dos cuidadores. Para as crianças, inicialmente, um brinquedo é interessante ou não, legal ou não, divertido ou não”, lembra ela. Isso independente dele ser destinado a meninos ou meninas.

Conforme lembra ainda a especialista, é a cultura e as crenças familiares que nomeiam que rosa é de menina e azul é de menino. No entanto, o importante é não lidar com imposições e estar aberto ao diálogo com os pequenos.

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!