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Supositório vaginal feito de cannabis alivia cólicas menstruais

Por Redação Fortíssima 22/02/2016

O uso medicinal da maconha já é comum em muitos países, especialmente para controlar ataques de epilepsia e até mesmo amenizar os efeitos da quimioterapia. A novidade agora é um supositório vaginal feito à base de propriedades da cannabis. Ele promete aliviar as cólicas e outros sintomas menstruais sem causar efeitos psicoativos.

A novidade foi criada pela Foria Relief, empresa norte-americana especializada no uso medicinal da substância. Com o princípio de ser uma alternativa natural para acabar com os incômodos menstruais, o produto contém CBD e o THC, duas substâncias presentes na cannabis que possuem propriedades terapêuticas.

Benefícios do supositório vaginal

Lançado recentemente, o supositório vaginal feito de cannabis promete aliviar as dores e os desconfortos causados pela cólica menstrual, servindo para as mulheres como uma forma natural para amenizar os incômodos desse período.

Feito de manteiga de cacau e óleo concentrado de THC e CBD, o supositório age com os componentes trabalhando em conjunto para diminuir as dores da cólica e relaxar os músculos pélvicos, não provocando nenhum efeito psicoativo ou colateral.

Os criadores do supositório ainda apontam que a região pélvica é a parte do corpo com mais receptores canabinoides depois do cérebro. Isso permite que o uso do medicamento seja ainda mais eficaz na ação contra os sintomas menstruais.

Supositório vaginal de canabis

O supositório ajuda a relaxar a região pélvica e diminuir as dores menstruais. Reprodução: Foria Relief

Legalização do uso medicinal da maconha

A legalização da maconha, mesmo que para uso medicinal, ainda é uma polêmica em debate no Brasil. Ou seja, o supositório vaginal feito com cannabis não chegará tão cedo em território nacional. Para comprar o Foria Relief é preciso ter uma recomendação médica expedida por algum dos estados que legalizaram a substância nos Estados Unidos.

Com custo de U$ 44, já está disponível em dispensários da Califórnia e, em breve, no Colorado. O uso e cultivo da maconha já é descriminalizado em diversos países pelo mundo, cada um com suas leis específicas sobre a erva.

Ao todo são 33 países, entre eles Coreia do Norte, Costa Rica, Croácia, Espanha, Holanda, México, Camboja, Canadá, Chile, Colômbia e alguns estados dos Estados Unidos e Austrália.  Diversos estudos realizados em animais e homens apontam que a maconha pode produzir um efeito analgésico benéfico no tratamento de diversas doenças e problemas de saúde.

Alguns dos pacientes que poderiam se beneficiar com a ação da erva seriam aqueles em uso de quimioterapia, em pós-operatório, com trauma raquimedular (lesão da coluna vertebral com acometimento da medula), com neuropatia periférica, em fase pós-infarto cerebral, com AIDS ou com qualquer outra condição clínica associada a um quadro de dor crônica.

Isso porque, além do efeito terapêutico dos componentes da cannabis, ela também atua no controle da dor, alívio de náuseas e vômitos e estimulação do apetite. Porém, por outro lado, a maconha possui vários componentes que ainda não possuem seus efeitos estudados e que podem trazer riscos para a saúde.

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