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Diabetes já afeta 442 milhões de adultos no mundo, afirma OMS

Por Redação Fortíssima 07/04/2016

O diabetes mellitus é um dos principais problemas de saúde no mundo. Segundo o primeiro relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas afetadas quadruplicou entre 1980 e 2014: de 108 milhões de adultos diabéticos, a incidência subiu para 422 milhões.

No Brasil, aproximadamente 13 milhões de pessoas sofrem da doença, de acordo com dados de 2015 da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). O Ministério da Saúde apontou também que o número de casos aumentou em 40% entre 2012 e o ano passado.

O prognóstico não é nada animador. A Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês) conclui que, atualmente, um em cada 11 adultos no mundo sofrem com o problema. A previsão é de que 642 milhões de pessoas sejam diagnosticadas até 2040.

Diabetes mellitus: tipos e causas

Diabete mellitus é uma doença crônica, que ocorre quando o pâncreas não produz insulina – hormônio que regula o açúcar no sangue – em quantidade suficiente ou quando o corpo não pode usar eficazmente a insulina que produz.

Trata-se de um problema grave, uma vez que esse hormônio é responsável por fornecer a energia que o corpo precisa para viver. Sem a presença dele no organismo, o açúcar se acumula em níveis prejudiciais no sangue. Mas o que, de fato, desencadeia o diabetes?

Para responder a essa pergunta, é necessário entender que há duas variações da doença: tipo I e tipo II. O tipo I não pode ser evitado. É uma doença autoimune que, em geral, se manifesta até os 35 anos, quando o pâncreas perde sua capacidade de produzir insulina.

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Diabetes já atinge 1 em cada 11 adultos no mundo. Foto: iStock, Getty Images

Já no caso do diabetes tipo II, o desenvolvimento pode ocorrer por uma série de fatores. Normalmente, é associado com quadros de sedentarismo e obesidade. Atualmente, cerca de 90% dos casos se encaixam nesse grupo e poderiam ser prevenidos com hábitos saudáveis.

“A incidência de diabetes está maior a cada ano porque ela está diretamente ligada ao crescimento da obesidade no mundo, bem como ao sedentarismo e ao envelhecimento da população. Os indivíduos mais afetados são os idosos, os obesos, e aqueles com histórico familiar da doença”, explica a endocrinologista Raquel Resende Silva.

Ela esclarece que a doença afeta os idosos porque uma de suas causas é o próprio envelhecimento humano. Os obesos em função das comorbidades, como resistência à ação da insulina. Já os demais portadores podem desenvolver o diabetes por fatores hereditários.

De todo modo, é preciso ter atenção com a patologia. O risco de um diabético sofrer um infarto aumenta em 40% para os homens e 50% para as mulheres. Além disso, quando não tratada ela pode causar cegueira, insuficiência renal crônica, dormência nos membros dos pés e das mãos, acidente vascular cerebral e, inclusive, a morte.

Prevenção do diabetes

De acordo com o cardiologista e clínico geral Abrão Cury, controlar o peso, praticar atividades físicas regulares, reduzir carboidratos e realizar refeições em horários regulares são comportamentos que auxiliam na prevenção do diabetes tipo II. Para os já portadores da doença, esses hábitos também contribuem no controle da patologia.

O especialista sugere também que as pessoas consultem um médico para avaliar a presença de fatores de risco, como tabagismo, gordura abdominal em excesso, hipertensão, sedentarismo, dieta pobre em fibras e histórico de diabetes na família. O acompanhamento poderá promover uma melhora no estilo de vida e reduzir o risco da doença em até 60%.

“É importante não procurar por ajuda apenas em momentos mais sérios de saúde, mas principalmente para prevenção de patologias. Se as doenças não forem evitadas, poderão trazer consequências muito mais sérias à saúde”, conclui Cury.

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