No período da menstruação, como se não bastasse o desafio de lidar com os sintomas físicos e psicológicos da tensão pré-menstrual (TPM), as mulheres ainda têm de encarar a rotina com o desconforto dos sangramentos. Para quem não quer a roupa marcando ou o risco de vazamentos, a alternativa mais comum é o absorvente interno.
Apesar disso, ele nem sempre não agrada a todas e seu uso é cercado de mitos e verdades. O ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, porém, sustenta que qualquer mulher pode usá-lo. “Há quem sinta desconforto, mas todas podem utilizar”, afirma.
Absorvente interno: dicas e cuidados
Optar ou não pelo uso do absorvente interno é uma escolha pessoal. Como a prioridade é o conforto, você é quem precisa decidir se o método é o ideal no seu caso. Caso resolva utilizá-lo, é importante manter alguns cuidados. “Deve haver uma troca regular a cada quatro horas, para evitar machucados e risco de infecção vaginal”, informa Mantelli.
Os cuidados de higiene são importantes, conforme ressalta o especialista, para evitar que a região vaginal se torne um meio de cultura de bactérias. Assim, você previne desconfortos e possíveis problemas de saúde.
Outro ponto importante é a escolha do produto. “Para definir o tamanho correto, o que deve ser avaliado é a intensidade do fluxo e o conforto pessoal”, indica o ginecologista. Você pode utilizar diferentes medidas – do pequeno ao grande – para testar o que melhor se adapta de acordo com a sua necessidade.
Durante a noite, o ideal é suspender o uso do absorvente interno. Se a mulher fizer questão, ele deve ser colocado exatamente na hora de dormir e retirado assim que ela acordar. Afinal, trata-se de um longo período com o mesmo protetor.
Coletor menstrual é alternativa
Para mulheres que têm alergia aos absorventes comuns, o mercado disponibiliza agora uma nova alternativa: o coletor menstrual. “É um produto feito de um plástico maleável que é introduzido na região genital, no período da menstruação, para que todo sangue fique coletado dentro dele”, explica o ginecologista.
O coletor é lavável e pode ser utilizado por anos. Tudo, é claro, desde que feita a higienização correta ao longo do uso. O recomendado é que ele seja retirado a cada três ou quatro horas para ser lavado. O método só não é indicado para mulheres com fluxo muito intenso, justamente por conta da necessidade muito constante de lavagem.
Mesmo que sejam fabricados com material hipoalergênico, é preciso ter atenção com os coletores. “Há uma pequena chance de alergia, por isso o ideal é que as mulheres que costumam ter reações evitem o uso, assim como aquelas que apresentam algum problema na anatomia vaginal”, pondera o especialista.
O que ocorre é que o posicionamento diferenciado do colo do útero ou de alguma glândula, como a de Bartholin, por exemplo, impedem a colocação adequada do coletor. “Isso pode ocasionar vazamentos ou machucar a mucosa vaginal”, conclui Mantelli.
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