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Pneumotórax e os riscos para a sua saúde

Por Redação Fortíssima 26/06/2016

Os pulmões são revestidos por duas membranas que se localizam na porção interna da caixa torácica. Elas são chamadas de pleuras e apresentam um pequeno espaço de divisão. O pneumotórax é diagnosticado quando ocorre o acúmulo de ar nessa estreita zona. Essa situação é capaz de comprometer a respiração e trazer riscos à saúde.

De acordo com Sérgio Luis Amantéa, pneumologista da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, a doença é responsável pela compressão do pulmão, o que pode resultar em dificuldades de enchimento e de ventilação. “A quantidade de ar acumulada é determinante do comprometimento respiratório”, explica.

Riscos causados pelo pneumotórax

O pneumotórax não é um problema simples. A presença de uma grande quantidade de ar nessa região pode exercer uma ação hipertensiva, fazendo que o coração se desloque e tenha seus batimentos comprometidos. Esses casos podem representam um grande risco de morte para a criança ou adulto.

A mortalidade esperada para esta situação é difícil de ser estabelecida, pois pode influenciada por inúmeros fatores, algumas taxas descritas variam de 1-18%”, comenta o Amantéa. A identificação dos traços clássicos de pneumotórax é essencial para o diagnóstico e a escolha do melhor tratamento. Confira quais são eles.

Sintomas, causas e tratamento

O pneumotórax pode ocorrer de maneira primária e espontânea. O acúmulo pode ser ocasionado por traumas ou doenças como asma, enfisema, tumores, infecções. Alguns procedimentos cirúrgicos, manobras de ressuscitação ou ventilação pulmonar também podem resultar na presença de ar entre as membranas.

De acordo com Amantéa, os sintomas podem variar conforme o tamanho do pneumotórax, a idade do paciente e a presença de alguma doença de base predisponente. Os traços mais vistos são dor torácica caracterizada como uma pontada, falta de ar, tosse, agitação, taquicardia, enfisemas subcutâneos e coloração azulada da pele – em casos mais graves.

A remoção do ar acumulado depende de características do paciente e da gravidade dos sintomas. O tratamento mais indicado é a colocação de um dreno de látex no hemitórax afetado. “Algumas vezes pode ser indicado o tratamento cirúrgico da lesão e até mesmo condutas expectantes”, diz o pneumologista.

A administração de oxigênio suplementar também é opção, embora controverso. “Parece acelerar o processo de reabsorção do ar acumulado naqueles pacientes com conduta expectante indicada, principalmente nas menores faixas etárias”, afirma o especialista.

Pneumotórax

O pneumotórax pode causar compressão nos pulmões e dificuldade para respirar. Foto: iStock, Getty Images

Dá para prevenir?

Amantéa destaca que a prevenção está relacionada aos cuidados com as causas. Isto é, campanhas para diminuição de acidentes de trânsito, leis mais rígidas para porte de armas de fogo, diminuição do tabagismo, além de melhor controle e acompanhamento de doenças obstrutivas crônicas.

Pacientes que apresentam pneumotórax primário espontâneo, com risco de recorrência maior após o primeiro episódio, necessitam de uma avaliação detalhada do pulmão e da pleura. “Um exame de imagem deve ser realizado, a fim de considerar a possibilidade de benefício cirúrgico”, finaliza o especialista.  

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